Há tempos que os pesquisadores têm tentado compreender um dos fenômenos mais comuns da mente humana: o sonho. Mas isso é uma tarefa mais complexa do que se imagina, até porque geralmente não nos lembramos com o que sonhamos durante uma noite de sono, ou então logo esquecemos.
Uma questão que tem ganhado a atenção dos pesquisadores nos últimos tempos é em relação ao significado dos sonhos. Alguns acreditam que os sonhos podem revelar traços da personalidade das pessoas, mas não podem prever o que acontecerá no futuro delas.
Dificilmente um evento aparece por completo em um sonho. De modo geral, pequenos fragmentos são recombinados na quase sempre ilógica história dos sonhos. Combinando elementos de diferentes momentos, a mente ajuda na conexão entre eles, explicando por que um objeto (ou cenário) em um sonho se transforma repentinamente em outro.
Além de relembrar eventos passados, os sonhos tendem a contar uma história, e emoções são uma parte fundamental desse processo. Quanto mais forte a emoção de um sonho, mais fácil ele se torna de ser lembrado posteriormente, segundo os cientistas.
O cotidiano de uma pessoa pode influenciar de vários modos o sonho de uma pessoa. Antes de 1950, por exemplo, muitas pessoas sonhavam em preto-e-branco, e após a chegada da televisão em cores, elas passaram a sonhar “colorido”. Outro exemplo são os jogadores de video-game, que muitas vezes se sentem participantes de um jogo em seus sonhos, tentando lutar ou se defender quando estão sendo atacados.
A finalidade dos sonhos pode ser a consolidação de memórias. Durante o dia, o cérebro grava informações no hipocampo. Durante o sono, a mente transfere parte dessas informações para o córtex, as organizando para armazenamento de longo prazo. Mas ainda há muitas controvérsias sobre o real propósito dos sonhos.
Sigmund Freud defendia a tese de que o sonho é uma linguagem simbólica, manisfestada pelo inconsciente – um “porão” no cérebro das pessoas que guarda fantasmas psíquicos, conflitos, desejos e acaba governando todo o nosso comportamento.
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