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terça-feira, 26 de março de 2013

Homem dá luz à uma menina nos EUA

Thomas Beattie, que nasceu mulher, mas depois de cirurgia e tratamento hormonal passou a viver como homem, deu a luz a uma menina em um hospital do Oregon, nos EUA, segundo a revista People. Thomas, 34, manteve os órgãos reprodutivos quando se tornou legalmente um homem, há dez anos. Ele mesmo confirmou o nascimento da criança. O bebê foi concebido através de inseminação artificial utilizando o esperma de um doador e os óvulos do próprio Thomas. A menina nasceu saudável no dia 29 de junho. “A única coisa diferente sobre mim é que não posso amamentar meu bebê. Mas muitas mulheres não podem”, Thomas disse à revista People. Ele removeu suas mamas cirurgicamente. Segundo ele, o bebê não nasceu de cesariana, como afirmava a mídia. Quando ele decidiu ter um bebê, dois anos atrás, parou com os hormônios masculinos mensais e voltou a menstruar. Nancy, sua esposa de 46 anos, com quem ele casou-se cinco anos atrás, não pode engravidar por causa de uma histerectomia. De outra maneira “eu não estaria fazendo isso”. Sua esposa tem duas filhas grandes de um casamento anterior. Nancy disse no The Oprah Winfrey Show que os papéis paternais serão bem tradicionais. “Ele será o pai e seu serei a mãe”, ela disse. [Fonte]

Gêmeos de pais diferentes nascem na Polônia

Um par de gêmeos nasceu na semana passada, na Polônia e acredita-se que cada um dos irmãos seja filho de um pai diferente. É o sétimo caso desse tipo já registrado. Aparentemente, a mãe das crianças teve relações com seu marido e tinha um amante e cada bebê seria filho de um dos caras. A mulher, cujo nome não foi revelado pela imprensa, se separou do marido após ter os bebês, um menino e uma menina, e foi fazer um teste de DNA para provar que nenhuma das crianças era do ex-marido. A surpresa foi que o marido era, sim, pai do menino enquanto a menina era filha do amante. Esses casos são raros, mas acontecem quando uma mulher “libera” dois óvulos ao mesmo tempo e tem relações com mais de um homem. [The Body Odd]

Cientista brasileira descobre verdade por trás da “Cidade dos gêmeos”

O pequeno município de Cândido Godói (pouco mais de 6 mil habitantes), no noroeste do Rio Grande do Sul, tem a notoriedade de possuir uma taxa de gêmeos por nascimento muito superior à média. A incidência de univitelinos na cidade é cerca de 1,8%. Em dos bairros, a vila de São Pedro, foi registrado o incrível índice de um par de gêmeos para cada dez nascimentos! Diante dessa situação, que é verificada na cidade há mais de oitenta anos, algumas teorias foram levantadas. Mas uma cientista gaúcha, Úrsula Matte, parece ter chegado a uma certeza: o motivo é mesmo genético. Apesar de não parecer uma conclusão surpreendente, esta teoria não era considerada pelos estudiosos antes da geneticista. A suposição mais recorrente estava ligada à passagem do famoso médico nazista Josef Mengele pela cidade. Durante a Segunda Guerra Mundial, Mengele trabalhou como médico no campo de concentração de Auschwitz. Existem histórias horríveis sobre os experimentos de Mengele: conta-se que injetava corante em olhos de crianças para mudar a cor, emendava veias de gêmeos para tentar criar siameses e deixava prisioneiros sob frio ou pressão extremos para testar sua resistência. Com o fim da Guerra, Mengele escapou do julgamento e fugiu para a Argentina. Passou um tempo lá, morou no Paraguai e depois começou a rodar por cidades brasileiras. Um dos lugares em que se escondeu foi Cândido Godói. Devido à maioria de descendentes de alemães, era um bom disfarce para o ex-médico alemão. Acreditava-se que ele pudesse ter realizado novos testes científicos com habitantes da pequena cidade gaúcha, mas na realidade não há nenhuma evidência de que Mengele tenha feito experimentos depois do final da Guerra. Além desta suposição, havia uma outra menos corrente, mas igualmente sem comprovação. Pensava-se que o alto número de gêmeos estivesse relacionado a um componente mineral na água que abastece Cândido Godói, mas essa ideia também foi rechaçada. A geneticista Úrsula Matte resolveu tirar essa questão a limpo. Para o seu estudo, foi até a vila de São Pedro, que apresenta a fantástica taxa de 10% de gêmeos entre os recém-nascidos. Com população de aproximadamente 350 pessoas, são cerca de 80 famílias vivendo no bairro. A geneticista coletou amostras de 30 dessas famílias, analisando os genes de cada uma. A observação aconteceu em seis diferentes genes das mães da vila de São Pedro. Um dos genes teve incidência na maioria das mães de gêmeos e em nenhuma das que tiveram filhos não-gêmeos. Este gene, que segue sendo analisado, parece ser a chave do enigma. Aparentemente, o gene carrega uma predisposição à maternidade de gêmeos. [NYTimes]

A verdade por trás da fórmula secreta de Coca-Cola

Todo mundo adora segredos, mistérios e intrigas. Não é à toa que livros de mistério e filmes são tão populares, e seriados como “Arquivo X” e “Lost” tenham tanta audiência. O apelo comercial de um bom mistério – verdadeiro ou inventado – não é deixado pra trás pela publicidade. Várias marcas famosas se utilizam do segredo de seus ingredientes secretos para enfatizar a qualidade e singularidade dos seus produtos. A Coca-Cola tem uma das receitas mais secretas do mundo. Seus anúncios antigos afirmavam que apenas dois homens conheciam a lista completa dos ingredientes, e que se esse segredo se perdesse algum dia o tecido do espaço-tempo se rasgaria e o universo explodiria. Curiosamente, a Coca-Cola original não é nem mais produzida e comercializada. O que nós tomamos atualmente é a Coca-Cola “nova”, que foi rebatizada. 10 Inacreditáveis propagandas de cocaína e outras drogas Mas hoje em dia existe mesmo essa coisa de “ingrediente secreto”? Afinal, nas últimas décadas, os consumidores passaram a ter cada vez mais informações sobre os produtos que comem, desde informações nutricionais até informações sobre ingredientes que podem causar alergias. Além disso, análises laboratoriais acompanham a evolução dos tempos. Talvez quando a Coca-Cola foi fundada, em 1892, não havia meios de determinar quais eram os ingredientes secretos em um produto. Hoje em dia, qualquer laboratório que valha a química que usa pode descobrir quais produtos químicos e ingredientes aparecem em quais quantidades em uma amostra de produto. É análise de alimentos, nada tão difícil quanto lançar um foguete. No livro “Big Secrets” (“Grandes Segredos”, em tradução livre – sem edição brasileira), William Poundstone revela os ingredientes “secretos” de vários produtos, e a fórmula da coca-cola pode ser encontrada na página 43. Ela inclui extrato de baunilha, óleos cítricos e flavorizantes de suco de limão. Não existe cocaína na coca-cola, e tecnicamente nunca existiu: na realidade, ela utilizava as folhas da coca, que não é a mesma coisa que a cocaína, um derivado modificado das folhas. Truque de salão Coca-Cola e Mentos Há muitos séculos as populações de países de alta altitude da América do Sul mastigam as folhas de coca pelas suas propriedades anestésicas e estimulantes – importantes para a vida em altitudes muito grandes. Mas, assim como mastigar folhas de coca não é consumir cocaína, tomar coca-cola também não é. [Live Science]

Coca-cola pode prejudicar o esperma

De acordo com um estudo holandês a contagem de esperma em homens que bebem mais refrigerante de cola é, em média, 30% mais baixa do que em homens que não tomam a bebida. A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que homens com contagem mais baixa de espermatozóides têm risco de ficarem estéreis. Ainda não se tem certeza sobre qual substância no refrigerante é responsável pelo fenômeno, mas é improvável que seja a cafeína – porque o café não tem o mesmo efeito nos homens. Outras substâncias aliadas a um estilo de vida que não sejam saudáveis podem estar envolvidas. Segundo pesquisadores, poucos estudos foram feitos relacionando a infertilidade masculina à bebidas com cafeína, então essa foi a razão para que a pesquisa com 2500 homens holandeses fosse feita. Os resultados mostraram que os caras que não tomavam Coca-cola ou bebidas similares possuíam um esperma de melhor qualidade (50 milhões de espermatozóide por litro de sêmen). Além disso o estilo de vida deles era de melhor qualidade. Já aqueles que tomavam mais de um litro de coca por dia tinham uma contagem de apenas 35milhões de espermatozóides por litro de sêmen. Eles também comiam menos vegetais e frutas. Pela qualidade de vida estar relacionada ao consumo de refrigerante, ainda não se sabe, com certeza, se é a dieta do homem ou se a quantidade de bebida de cola que afeta a qualidade do sêmen. Apesar de existir a probabilidade que os dois fatores causem o fenômeno, especialistas acham que a bebida de cola seja o fator menos influente.

Coca-Cola matou esta mulher de 30 anos?

Conhece aquela máxima que afirma que tudo em excesso faz mal? Então, agora ela acaba de se comprovar. Especialistas concluíram que o hábito de tomar cerca de 7 litros de Coca-Cola por dia pode ter contribuído para a morte de uma jovem neozelandesa. A gigante da indústria de refrigerantes contra-atacou, afirmando que até mesmo água pode ser mortal se consumida em excesso. Natasha Harris, 30 anos, era uma dona de casa com oito filhos e morreu devido a um ataque cardíaco em fevereiro de 2010. A mídia da Nova Zelândia reportou que o patologista Dan Mornin testemunhou sobre o caso, e disse que ela sofria de hipocalemia – uma diminuição da taxa de potássio no sangue –, que foi causada pelo excesso de consumo do refrigerante e pela dieta pobre em nutrientes. Mornin também ressaltou que níveis tóxicos de cafeína, estimulante também encontrado na Coca, podem ter contribuído para sua morte. O marido de Harris, Chris Hodgkinson, confirmou que sua esposa bebia de 8 a 10 litros do refrigerante por dia. “A primeira coisa que ela faria pela manhã era beber Coca-Cola, e a última que ela faria, antes de dormir, era beber Coca”, conta Hodgkinson. Mas os fatos mostram que Harris colecionava fatores que, juntos, a levariam muito cedo para debaixo da terra. Além da dieta pobre e do hábito de beber refrigerante, ela fumava cerca de 30 cigarros por dia. Contudo, outro patologista, o médico Martin Sage, afirmou que já foi demonstrado que a ingestão de Coca-Cola a curto ou longo prazo pode ser fatal em alguns casos. Agora que as evidências do caso estão completas, o chefe de polícia irá preparar um relatório final sobre a morte da jovem. A nutricionista Lisa Te Morenga, da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, disse que o consumo em excesso de qualquer líquido provoca danos ao equilíbrio e aos sistemas naturais do corpo. Fica a dica! [MSNBC]

Coca-cola pode causar câncer?

O 4-MI, composto responsável pela cor do famoso refrigerante, se tornou alvo de polêmica no Reino Unido: segundo estudos recentes, sua concentração está muito acima de níveis “seguros” e pode causar câncer. Ao analisar latas de Coca-cola vendidas na região, pesquisadores do Centro de Ciência em favor do Interesse Público encontraram resultados preocupantes: 135 microgramas, 34 vezes mais do que na versão comercializada na Califórnia (EUA). No Brasil, uma lata de 355 ml contém 267 microgramas – o maior encontrado na pesquisa. Após a divulgação dos resultados, consumidores do Reino Unido iniciaram uma campanha contra o uso do corante – obtido a partir de reações químicas entre açúcar e amônia, e que pode causar câncer em ratos de laboratório. “A Coca-cola está tratando seus consumidores do Reino Unido com desdém”, acusa o coordenador da campanha Malcolm Clark. “Eles devem respeitar a saúde de seus clientes no mundo todo, usando um corante que seja livre de químicos reconhecidamente cancerígenos”. Conclusão Ratos são utilizados amplamente no meio científico e são considerados bons análogos à fisiologia humana. Porém inúmeras drogas que tem certo efeito nos roedores mostram não agir da mesma maneira em testes clínicos feitos usando humanos como cobaias. Apesar de 4-MI causar câncer em roedores não significa que ocorreria o mesmo em nós. A Coca-cola nega que o composto seja nocivo a seres humanos e diz que, no caso da Califórnia (onde se usa menos corante), a mudança foi feita em respeito a leis locais e para evitar que se colocassem avisos “cientificamente infundados” nas embalagens. Apesar disso, ela pretende “reduzir o uso de 4-MI no mundo todo, porque isso vai ajudar a simplificar os processos de suprimento, produção e distribuição”, segundo nota oficial divulgada por veículos de comunicação. Talvez a razão verdadeira seja “acalmar os consumidores”, mas nunca saberemos.

Stress pode causar câncer

Cientistas descobriram que o stress pode causar alguns tipos de câncer. O nervosismo que você passa no trânsito e no trabalho todos os dias realmente acelera o crescimento de tumores. Qualquer tipo de trauma, emocional ou físico, pode ser o link entre mutações cancerosas e mudar sua condição de saúde. É a primeira vez que uma pesquisa realmente consegue mostrar que o estado emocional de uma pessoa realmente interfere no desenvolvimento de câncer – e não são só traumas muito sérios que têm esse efeito. O stress de todos os dias (briga com o chefe, problemas no relacionamento e até mesmo o trânsito) afeta seu “ambiente emocional” e aumenta as chances de que você desenvolva a doença. Os pesquisadores analisaram moscas de fruta e notaram que, ao contrário do que se acreditava até agora, para um tumor crescer uma única célula não precisa ter mais do que uma mutação causadora de câncer. A verdade é que as mutações podem originar o tumor mesmo se estiverem em células separadas, porque o próprio stress acaba “abrindo um caminho” entre elas. E é muito mais fácil que um tecido acumule essas mutações em células diferentes do que na mesma célula.

Carne processada pode causar câncer de pâncreas

Pesquisadores da Suécia sugerem que comer carne processada, como bacon e salsichas, pode estar relacionado com o câncer de pâncreas. Eles afirmam que comer 50g de carne processada – cerca de uma salsicha – todos os dias, pode aumentar o risco de câncer em 19%. Comer carne vermelha e processada já foi ligado ao câncer de intestino. Como resultado da pesquisa, o governo do Reino Unido recomendou em 2011 que as pessoas não comam mais do que 70g por dia. Susanna Larsson, que conduziu o estudo do Instituto Karolinska, disse que a ligação da carne com outros tipos de câncer foi algo bastante controverso. “Sabemos que comer carne aumenta o risco de câncer colorretal, mas não é muito conhecida a ligação com outros tipos de câncer”, disse. O novo estudo analisou informações de 11 outras pesquisas e 6.643 pacientes com câncer de pâncreas. Ele sugere que o risco de câncer de pâncreas aumenta 19% para cada 50g adicionados a dieta diária. Ter 100g extras aumentaria o risco em 38%. O risco de desenvolver câncer de pâncreas em toda a vida é “relativamente pequeno”, de acordo com um instituto de estudo de câncer britânico – um em cada 77 homens e uma em cada 79 mulheres. “Ainda não sabemos se a carne é um fator de risco definido para o câncer de pâncreas e outros grandes estudos são necessários para confirmar isso, mas essa nova análise sugere que a carne processada pode estar desempenhando um papel”, afirma Sara Hiom, diretora do instituto. No entanto, ela ressaltou que o fumo é um fator de risco muito maior. O Fundo Mundial para a Pesquisa em Câncer alertou as pessoas para que evitem comer carne processada. O pesquisador Rachel Thompson disse: “Vamos re-examinar os fatores por trás do câncer pancreático no final deste ano como parte do nosso projeto de atualização contínua, que deve nos dizer mais sobre a relação entre o câncer de pâncreas e carne processada. Há fortes evidências de que estar acima do peso ou obeso aumenta o risco de câncer de pâncreas, e este estudo pode ser uma indicação de outro fator por trás da doença.” [BBC]

Obesidade pode causar mutações genéticas?

Se você é obeso, parte da “culpa” pode ser do seu DNA; por outro lado, a própria obesidade pode, também, interferir nele: o gene LY86 está sujeito a alterações químicas causadas pelo excesso de peso, de acordo com o epidemiologista genético Shaoyong Su, da Georgia Regents University (EUA). Ao analisar parte do genoma de 703 pessoas (obesas, magras e com peso mediano), Su percebeu que o LY86 havia sofrido metilação (uma espécie de mudança química) especialmente e constantemente nos indivíduos obesos. Esse fenômeno eleva o risco de se desenvolver certos tipos de câncer e de doenças cardíacas, além de resistência a insulina (uma das causas da diabetes). O pesquisador pretende investigar de modo mais detalhado a alteração no LY86: qual seria o peso de fatores externos (como má alimentação e falta de exercícios) e de predisposição genética? Obesidade pode ser causada por bactéria Outro assunto que será analisado (desta vez com animais) é a metilação genética causada durante a gestação – fenômeno que ocorreu em 1944, meses antes do fim da Segunda Guerra Mundial, na Holanda. Muitos habitantes sofriam com escassez de alimentos, e filhos de mulheres que estavam grávidas nessa época apresentaram uma metilação genética que os tornaria mais aptos a sobreviver em um cenário similar. Contudo, havia o outro lado da moeda: nos anos seguintes, o país superou a crise, e a “fartura” fez com que essas crianças tivessem um risco elevado de desenvolver diabetes, doenças cardíacas e outros problemas de saúde.[Medical Xpress, GRU News]

5 assustadores experimentos científicos

Todos nós sabemos que a natureza humana tem seu lado sombrio. Mas até onde esse lado chega? Estamos dispostos a arriscar o bem-estar de animais, de outras pessoas, do planeta inteiro? O que somos capazes de fazer? Confira alguns experimentos científicos perturbadores que nos causam medo ou simplesmente nos fazem refletir sobre o nosso comportamento: 

1-Buracos negros que podem engolir a Terra
Quando os físicos apertaram o botão “ligar” do acelerador de partículas Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), algumas pessoas prenderam a respiração e fecharam os olhos esperando pelo apocalipse. Durante anos, rumores de que o acelerador poderia criar miniburacos negros que destruiriam a Terra circularam. Em 2008, um grupo até entrou com uma ação judicial para impedir o acelerador de partículas de ligar, argumentando que suas colisões atômicas poderiam causar o fim do mundo. Ok, a ideia soa um pouco plausível, mas não há virtualmente nenhuma chance do LHC destruir a Terra (pelo menos pelo que sabemos até agora). Um estudo calculou que os raios cósmicos que bombardeiam a Terra rotineiramente criam colisões de energia mais elevadas do que o nosso maior acelerador de partículas. A natureza já realizou sozinha o equivalente a cerca de cem mil testes experimentais do LHC, e, é claro, o planeta ainda existe. Mas, para o bem das teorias da conspiração, quem sabe o LHC venha a ser nosso destino fatal um dia, principalmente porque já cumpriu seu principal objetivo na Terra: no início deste ano, os físicos do acelerador, que fica na Suíça, anunciaram a descoberta do que pode ser o bóson de Higgs, a partícula tão buscada que dá a todas as outras partículas sua massa.

2 – CÃES ZUMBIS


  Não assista ao vídeo se for sensível ao seu conteúdo. Em 1940, cientistas russos divulgaram um vídeo de cães com cabeças decepadas que foram mantidos vivos por várias horas, balançando as orelhas em resposta a sons e até mesmo lambendo suas bocas. O que não fazemos em nome da ciência… Os pesquisadores afirmaram que mantiveram os animais vivos através de um sistema de circulação de sangue artificial. Por mais horrível que isso possa soar, fica pior: essa não foi a única vez que cientistas criaram cães zumbis. Tão recentemente quanto 2005, pesquisadores americanos criaram uma matilha de cães zumbis matando os animais através da rápida drenagem de todo o sangue de seus corpos, e substituindo-o com soro fisiológico cheio de oxigênio e açúcar. O estudo da Universidade de Pittsburgh (EUA) conseguiu ressuscitar os cachorros três horas depois, dando-lhes uma transfusão de sangue e um choque elétrico. Embora alguns cães tenham tido danos permanentes, a maioria não tinha nem sinal de desgaste. A pesquisa, publicada no Yearbook of Intensive Care and Emergency Medicine, sugeriu que o tratamento poderia um dia reviver pessoas que sofreram grandes hemorragias muito rapidamente para que os médicos conseguissem reparar seus ferimentos.  

3- Controle da Mente
 – Na década de 1950, a CIA (agência de inteligência americana) lançou um programa ultrassecreto chamado MKULTRA, que buscava drogas e outras técnicas para usar no seu objetivo de “controlar mentes”. Durante as próximas duas décadas, a agência testou alucinógenos, drogas de privação de sono e técnicas de choque elétrico para tentar encontrar a “lavagem cerebral perfeita”. Os cientistas da CIA realizaram mais de 149 projetos de pesquisa como parte do MKULTRA. Em um deles, pesquisadores testaram os efeitos do LSD em situações sociais oferecendo a droga para clientes não conscientes de bares em Nova York e San Francisco, nos EUA. Em outros projetos, eles incentivaram viciados em heroína a tomar o alucinógeno, oferecendo-lhes a droga. Assustado com o escândalo de Watergate em 1973, o diretor da CIA Richard Helms ordenou que os documentos relacionados ao projeto MKULTRA fossem destruídos. Se você acha que isso tudo é história para boi dormir e não passa de uma enorme teoria da conspiração sem fundamento, saiba que alguns documentos do terrível experimento não foram destruídos, e em 1977 uma solicitação feita através do Ato de Liberdade de Informação (Freedom of Speech Act, uma lei americana) permitiu que o autor John Marks tivesse acesso a mais de 20 mil páginas de registros do sórdido programa.

4-Enfermeiras Mortais

 4 Falando em controle de mente, um estudo mostrou que, ao que parece, é muito fácil levar as pessoas a fazerem o que você diz: é só pedir com autoridade, não importa quão absurdo seja o pedido. Em 1963, o psicólogo social Stanley Milgram provou que professores da Universidade de Yale (EUA) estavam dispostos a administrar um choque mortal em estranhos se uma figura de autoridade solicitasse (claro que os choques não eram verdadeiros, ainda assim, o pior de tudo é que as pessoas fariam isso). Saiba mais sobre o experimento aqui. Em uma pesquisa similar, o psiquiatra Charles Höfling queria ver como a obediência influenciava decisões quando as pessoas não sabiam que aquilo fazia parte de uma experiência científica. O estudo de 1966 utilizou o seguinte método: um médico desconhecido ligava para enfermeiros reais em turnos noturnos de um hospital e pedia-lhes para administrar duas vezes a dose máxima de um medicamento não aprovado para um paciente. Sem o conhecimento dos enfermeiros, o “remédio” era na verdade uma pílula de açúcar inofensiva, e o médico era uma farsa. 21 dos 22 enfermeiros cumpriram essa ordem absurda. Os pesquisadores claramente identificaram a droga, ou seja, todos os enfermeiros sabiam que causariam overdose em seus pacientes. Mesmo assim, eles administraram as drogas, violando as regras do hospital – que proibia que profissionais recebessem instruções por telefone ou dessem um medicamento não aprovado aos pacientes. O estudo demonstrou claramente o quanto a aura de autoridade pode ofuscar os julgamentos éticos das pessoas. Portanto, cuidado, cidadão; sem querer instigar o caos e a rebeldia, mas essa é a prova de que não devemos abaixar a cabeça para qualquer coisa sem o mínimo de desconfiança. Se quiser visualizar melhor como as pessoas podem ser levadas a fazer coisas que não querem, assista o episódio 17 da 9ª temporada do seriado Law & Order (em português, “Lei e Ordem”), em que um cidadão finge ser um “detetive Milgram”, e leva as pessoas a cometerem atos ilícitos sob o falso pretexto de que uma autoridade pediu que o fizessem.

 5 – BOMBAS DE MORCEGOS

  Na Segunda Guerra Mundial, a marinha dos EUA trabalhou em um projeto para treinar morcegos para servirem como bombardeiros contra os japoneses. Um dentista da Pensilvânia, Lytle Adams, propôs a ideia para a Casa Branca pela primeira vez em 1942, depois de visitar cavernas cheias de morcegos em Carlsbad, no Novo México. Adams propôs que pequenas cintas com explosivos incendiários fossem amarradas aos animais. Explorando o uso dos morcegos da “ecolocalização”, eles seriam treinados para encontrar abrigos japoneses em celeiros e sótãos. De acordo com o plano de Lytle, os morcegos-bomba voariam para o Japão, encontrariam esses refúgios em cidades japonesas, e colocariam as pessoas em chamas. O Corpo de Fuzileiros Navais chegou a capturar milhares de morcegos e a desenvolver dispositivos explosivos para amarrar em suas costas. O projeto foi abandonado em 1943, provavelmente porque o governo dos EUA tinha feito progresso na bomba atômica. Uma é melhor que milhares, certamente.

Albert Enstein um dos maiores cientistas de todos os tempos

  Albert Einstein Física Albert Einstein, em 1921 Dados gerais Nacionalidade Alemã (1879 — 1896, 1914 — 1933) Sem nacionalidade (1896 — 1901) Suíça (1901 — 1955) Austríaca (1911 — 1912) Estado-Unidense (1940 — 1955) Residência Alemanha, Itália, Suíça, Estados Unidos Nascimento 14 de março de 1879 Local Ulm, Baden-Württemberg Império Alemão Falecimento 18 de abril de 1955 (76 anos) Local Princeton, Nova Jérsei Estados Unidos Causa Aneurisma Progenitores Mãe Pauline Koch Pai Hermann Einstein Casamento 8 de agosto de 1876 Actividade Campo(s) Física Instituições Escritório de patentes suíço (Berna), Universidade de Zurique, Universidade Carolina, Academia de Ciências da Prússia, Instituto Kaiser Wilhelm, Universidade de Leiden, Instituto de Estudos Avançados de Princeton Alma mater Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, Universidade de Zurique Tese 1905: Eine neue Bestimmung der Moleküldimensionen Orientador(es) Alfred Kleiner Orientado(s) Ernst Gabor Straus Conhecido(a) por Relatividade geral Relatividade restrita Movimento browniano Efeito fotoeléctrico E=mc² Equações de campo de Einstein Estatística de Bose-Einstein Paradoxo EPR Prêmio(s) Nobel de Física (1921), Medalha Matteucci (1921), Medalha Copley (1925), Medalha de Ouro da RAS (1926), Medalha Max Planck (1929), Medalha Franklin (1935) Assinatura ver Albert Einstein (pronúncia em alemão: AFI: [ˈalbɐt ˈaɪ̯nʃtaɪ̯n] (ajuda·info); em inglês: AFI: [ˈælbɝt ˈaɪnstaɪn]; Ulm, 14 de março de 1879 — Princeton, 18 de abril de 1955[1]) foi um físico teórico alemão posteriormente radicado nos Estados Unidos, que desenvolveu a teoria da relatividade geral, um dos dois pilares da física moderna (ao lado da mecânica quântica).[2][3] Embora mais conhecido por sua fórmula de equivalência massa-energia E = mc2 (que foi chamada de "a equação mais famosa do mundo"),[4] ele recebeu o Prêmio Nobel de Física de 1921 "por seus serviços à física teórica e, especialmente, por sua descoberta da lei do efeito fotoelétrico".[5] O último foi fundamental no estabelecimento da teoria quântica. Perto do início de sua carreira, Einstein achava que a mecânica newtoniana não era mais suficiente para reconciliar as leis da mecânica clássica com as leis do campo eletromagnético. Isto levou ao desenvolvimento de sua teoria da relatividade especial. Ele percebeu, no entanto, que o princípio da relatividade também pode ser estendido para campos gravitacionais, e com a sua teoria da gravitação posterior, em 1916, ele publicou um artigo sobre a teoria da relatividade geral. Ele continuou a lidar com os problemas da mecânica estatística e teoria quântica, o que levou suas explicações da teoria das partículas e do movimento das moléculas. Ele também investigou as propriedades térmicas de luz, que lançou as bases da teoria do fóton de luz. Em 1917, Einstein aplicou a teoria da relatividade geral para modelar a estrutura do universo como um todo.[6] Ele estava visitando os Estados Unidos, quando Adolf Hitler chegou ao poder, em 1933, e não voltou para a Alemanha, onde tinha sido professor da Academia de Ciências de Berlim. Ele se estabeleceu nos Estados Unidos, onde naturalizou-se em 1940.[7] Na véspera da Segunda Guerra Mundial, ele ajudou a alertar o presidente Franklin D. Roosevelt, que a Alemanha poderia estar desenvolvendo uma arma atômica, e recomendou aos Estados Unidos começar uma pesquisa semelhante, o que levou para o que se tornaria o Projeto Manhattan. Einstein foi em apoio de defender as forças aliadas, mas em grande parte denunciada usando a nova descoberta da fissão nuclear como uma arma. Mais tarde, com o filósofo britânico Bertrand Russell, Einstein assinou o Manifesto Russell-Einstein, que destacou o perigo de armas nucleares. Einstein era afiliado com o Instituto de Estudos Avançados de Princeton, Nova Jérsei, até a sua morte em 1955. Einstein publicou mais de 300 trabalhos científicos, juntamente com mais de 150 obras não-científicas.[6][8] Suas grandes conquistas intelectuais e originalidade fizeram a palavra "Einstein" sinônimo de gênio.[9] 100 físicos renomados elegeram-no, em 1999, o mais memorável físico de todos os tempos.[10] Índice [esconder] 1 Biografia 1.1 Primeiros anos e educação 1.2 Casamento e filhos 1.3 Patentes 1.4 Carreira docente 1.5 Viagens para o exterior 1.6 Imigração para os Estados Unidos em 1933 1.6.1 Segunda Guerra Mundial e Projeto Manhattan 1.6.2 A cidadania norte-americana 1.7 Morte 2 Carreira científica 2.1 Annus Mirabilis 2.2 Flutuações termodinâmicas e física estatística 2.3 Princípios gerais 2.4 Teoria da relatividade e E = mc² 2.5 Fótons e energia quanta 2.6 Vibração atômica quantificada 2.7 Princípio adiabático e ação do ângulo de variáveis 2.8 Berlim 2.9 Princeton 3 Política e religião 4 Música 5 Obras 6 Bibliografia 7 Notas 8 Referências 9 Ver também 10 Ligações externas [editar]Biografia [editar]Primeiros anos e educação Ver artigo principal: Família Einstein Albert Einstein aos 14 anos de idade. Albert Einstein nasceu em Ulm, no Reino de Württemberg, no Império Alemão em 14 de março de 1879.[11] Seu pai era Hermann Einstein, um vendedor e engenheiro. Sua mãe era Pauline Einstein (nascida Koch). Em 1880, a família mudou-se para Munique, onde seu pai e seu tio fundaram a Elektrotechnische Fabrik J. Einstein & Cie, empresa que fabricava equipamentos elétricos baseado em corrente contínua.[11] Os Einstein eram judeus não-praticantes. Albert estudou em uma escola católica elementar, a partir dos cinco anos de idade, durante três anos. Com oito anos de idade foi transferido para o Ginásio Luitpold, onde teve educação escolar primária avançada e secundária, até que ele deixou a Alemanha sete anos depois.[12] Embora se acreditasse que Einstein tinha dificuldades anteriores de fala, isto é contestado pelo Albert Einstein Archives, e se destacou na primeira escola que frequentou.[13] Ele foi bem entregue;[13][14] parece não haver evidência para a crença generalizada de populares[15] que ele era canhoto. Seu pai uma vez mostrou-lhe uma bússola de bolso. Einstein percebeu que deveria haver algo que fizesse com que a agulha se movesse, apesar do "espaço vazio" aparente.[16] Enquanto crescia, Einstein construiu modelos e dispositivos mecânicos por diversão, começando a mostrar talento para a matemática.[11] Aos dez anos de idade, Max Talmud (depois mudou seu nome para Max Talmey), um pobre estudante judeu de medicina da Polônia, foi apresentado à família de Einstein por seu irmão, e durante as visitas semanais pelos próximos cinco anos, ele deu ao menino livros populares sobre ciência, textos matemáticos e escritos filosóficos. Estes incluíram Crítica da Razão Pura de Immanuel Kant, e Os Elementos de Euclides (que Einstein chamou de "pequeno livro sagrado da geometria").[17][18] Em 1894, a empresa de seu pai faliu: a corrente direta (DC) perdeu a Guerra das Correntes de corrente alternada (AC). Em busca de negócios, a família de Einstein mudou-se para a Itália, primeiro para Milão e, em seguida, alguns meses mais tarde, para Pavia. Quando a família se mudou para Pavia, Einstein ficou em Munique para terminar seus estudos no Ginásio Luitpold. Seu pai queria que ele seguisse a engenharia elétrica, mas Einstein entrou em choque com as autoridades e ficou ressentido com o regime da escola e o método de ensino. Ele escreveu mais tarde que o espírito do conhecimento e o pensamento criativo foram perdidos na estrita da aprendizagem mecânica. No final de dezembro de 1894, ele viajou para a Itália para se juntar à sua família em Pavia, convencendo a escola a deixá-lo ir usando um atestado médico.[19] Foi durante o seu tempo na Itália que ele escreveu um pequeno ensaio com o título "Sobre a investigação do estado do éter num campo magnético".[20][21] No final do verão de 1895, com 16 anos de idade, Einstein realizou os exames de admissão para a Escola Politécnica Federal Suíça em Zurique (mais tarde a Eidgenössische Polytechnische Schule). Ele não conseguiu alcançar o padrão exigido em várias disciplinas, mas obteve notas excepcionais em física e matemática.[22] Seguindo o conselho do diretor da Politécnica, ele frequentou a Escola Cantonal de Aargau em Aarau, Suíça, entre 1895 e 1896 para completar o ensino secundário. Enquanto se hospedava com a família do professor Jost Winteler, ele se apaixonou por sua filha, Marie Winteler. (Sua irmã Maja mais tarde se casou com o filho dos Wintelers, Paul). Em janeiro de 1896, com a aprovação de seu pai, ele renunciou a sua cidadania no Reino alemão de Württemberg, para evitar o serviço militar.[23] (Ele adquiriu a nacionalidade suíça cinco anos mais tarde, em fevereiro de 1901).[24] Em setembro de 1896, ele passou nos estudos suíços com boas notas em sua maior parte (incluindo uma pontuação de 6 em física e assuntos matemáticos, em uma escala de 1-6),[25] e, embora com apenas 17 anos, ele recebeu seu diploma de professor da ETH Zurique, após um programa de quatro anos de ensino em matemática e física. Marie Winteler mudou-se para Olsberg, Suíça onde obteve um cargo de professora. A futura esposa de Einstein, Mileva Marić, também se matriculou na Escola Politécnica no mesmo ano, ela foi a única mulher entre os seis estudantes da seção de matemática e física nas aulas do curso. Com o passar dos anos, a amizade de Einstein e Marić desenvolveu em romance, juntos eles liam livros extra-curriculares de física em que Einstein estava mostrando um interesse crescente. Em 1900, Einstein foi agraciado com o diploma de ensino da Politécnica de Zurique, mas Marić foi reprovada no exame com uma nota baixa no componente da matemática, a teoria das funções.[26] Houve alegações de que Marić colaborou com Einstein em seus célebres trabalhos de 1905,[27][28] mas os historiadores da física que estudaram a questão não encontraram nenhuma evidência de que ela fez quaisquer contribuições substanciais.[29][30][31][32] [editar]Casamento e filhos No início de 1902, Einstein e Marić tiveram uma filha e lhe deram o nome de Lieserl, nascida em Novi Sad, onde Marić estava com seus pais. Seu destino é desconhecido, mas o conteúdo de uma carta que Einstein escreveu a Marić em setembro 1903 sugeriu que ela havia sido adotada ou morreu de escarlatina na infância.[33][34] Einstein e Marić se casaram em janeiro de 1903. Em maio de 1904, o primeiro filho do casal, Hans Albert Einstein, nasceu em Berna, na Suíça. Seu segundo filho, Eduard, nasceu em Zurique, em julho de 1910. Em 1914, Einstein se mudou para Berlim, enquanto sua esposa estava em Zurique com seus filhos. Eles se divorciaram em 14 de Fevereiro de 1919, tendo vivido para além de cinco anos. Einstein se casou com Elsa Löwenthal em 2 de junho de 1919, depois de ter tido um relacionamento com ela desde 1912. Ela era sua prima materna e seu primo em segundo grau. Em 1933, eles emigraram para os Estados Unidos. Em 1935, Elsa Einstein foi diagnosticada com problemas cardíacos e renais e morreu em dezembro de 1936.[35] [editar]Patentes Da esquerda para a direita: Conrad Habicht, Maurice Solovine e Einstein, que fundaram a Academia Olímpia. Depois de formado, Einstein passou quase dois anos frustrantes procurando um cargo de professor, mas o pai de Marcel Grossmann o ajudou a conseguir um emprego em Berna,[36] no Instituto Federal de Propriedade Intelectual, o escritório de patentes, como assistente examinador.[37] Ele avaliou os pedidos de patentes de dispositivos eletromagnéticos. Em 1903, a posição de Einstein no escritório de patente suíço tornou-se permanente, embora ele tenha recebido uma promoção até que ele "dominasse totalmente a tecnologia da máquina".[38] Muito de seu trabalho no escritório de patentes relacionava a questões sobre a transmissão de sinais elétricos e eletro-mecânica de sincronização de tempo, dois problemas técnicos que aparecem visivelmente nas experiências de pensamento que levou Einstein a suas conclusões radicais sobre a natureza da luz e do conexão fundamental entre espaço e tempo.[39] Com alguns amigos que ele conheceu em Berna, Einstein começou um pequeno grupo de discussão, auto-ironicamente chamado "A Academia Olympia", que reunia-se regularmente para discutir ciência e filosofia. Suas leituras incluíam os trabalhos de Henri Poincaré, Ernst Mach, e David Hume, o que influenciou sua visão científica e filosófica. [editar]Carreira docente Retrato oficial de Einstein em 1921 depois de receber o Prêmio Nobel de Física. Em 1901, o artigo "Folgerungen aus den Kapillarität Erscheinungen" ("As conclusões dos Fenômenos da Capilaridade") foi publicado na prestigiada Annalen der Physik.[40] Em 30 de abril de 1905, Einstein terminou sua tese, com Alfred Kleiner, Professor de Biologia Experimental Física, servindo como conselheiro pós-formação. Einstein foi premiado com um PhD pela Universidade de Zurique. Sua dissertação foi intitulada "Uma nova determinação das dimensões moleculares".[41][42] No mesmo ano, o que tem sido chamado de annus mirabilis (ano miraculoso) de Einstein, onde ele publicou quatro trabalhos revolucionários sobre o efeito fotoelétrico, o movimento browniano, relatividade especial e da equivalência entre massa e energia, que deviam levá-lo ao conhecimento do mundo acadêmico. Em 1908, ele foi reconhecido como um importante cientista, foi nomeado professor[43] na Universidade de Berna. No ano seguinte, ele deixou o escritório de patentes e do leitorado para tomar a posição de professor de física, da Universidade de Zurique. Ele tornou-se professor catedrático na Universidade Karl-Ferdinand, em Praga, em 1911. Em 1914, ele retornou à Alemanha depois de ser nomeado diretor do Instituto Kaiser Guilherme de Física (1914-1932)[44] e um professor da Universidade Humboldt de Berlim, com uma cláusula especial em seu contrato que o liberou da obrigação da maioria dos docentes. Ele se tornou um membro da Academia Prussiana de Ciências. Em 1916, Einstein foi nomeado presidente da Sociedade Alemã de Física (1916-1918).[45][46] Por volta de 1911, ele calculou que, com base em sua nova teoria da relatividade geral, a luz de uma estrela seria curvada pela gravidade do sol. Essa previsão foi confirmada e reivindicada em observações feitas por uma expedição britânica liderada por Sir Arthur Eddington, durante o eclipse solar de 29 de maio de 1919. Notícias da mídia internacional fizeram Einstein famoso no mundo inteiro por este feito. Em 7 de novembro de 1919, The Times, o maior jornal britânico, publicou uma manchete que dizia: "Revolução na Ciência – Nova Teoria do Universo – Idéias de Newton derrubadas".[47] Mais tarde, foram levantadas questões se os cálculos foram precisos o suficiente para apoiar a teoria de Einstein. Em 1980, os historiadores John Earman e Clark Glymour publicaram uma análise sugerindo que Eddington tinha suprimido resultados desfavoráveis.[48] Os dois pesquisadores encontraram possíveis falhas na seleção de dados de Eddington, mas suas dúvidas, embora amplamente citadas e, de fato, agora com um status "mítico" de quase equivalente ao estatuto das observações originais, não foram confirmadas.[49][50] A seleção de Eddington a partir dos dados parece válida e sua equipe realmente fez medições astronômicas verificando a teoria.[51] Em 1921, Einstein foi agraciado com o Prêmio Nobel de Física por sua explicação do efeito fotoelétrico, como a relatividade foi considerada ainda um tanto controversa. Ele também recebeu a Medalha Copley da Royal Society em 1925. [editar]Viagens para o exterior Einstein visitou Nova Iorque pela primeira vez em 2 de abril de 1921, onde recebeu uma recepção oficial por parte do prefeito, seguido de três semanas de palestras e recepções. Ele passou a oferecer diversas palestras na Universidade de Columbia e da Universidade de Princeton, e em Washington, ele acompanhou representantes da Academia Nacional de Ciências em uma visita à Casa Branca. Em seu retorno à Europa, foi o convidado do estadista e filósofo britânico Visconde de Haldane, em Londres, onde se encontrou com várias figuras científicas de renome, intelectuais e políticos, e apresentou uma palestra na King's College de Londres.[52] Em 1922, ele viajou por toda a Ásia e depois para a Palestina, como parte de uma excursão de seis meses e palestrando em turnê. Suas viagens incluíram Singapura, Ceilão, e no Japão, onde deu uma série de palestras para milhares de japoneses. Sua primeira palestra em Tóquio durou quatro horas, após a palestra encontrou-se com o imperador e a imperatriz no Palácio Imperial, onde milhares vieram-o assistir. Einstein mais tarde, deu suas impressões sobre os japoneses em uma carta a seus filhos:[53] "De todas as pessoas que conheci, eu gosto mais dos japoneses, como eles são modestos, inteligente, atencioso e tem uma ideia de arte".[53] Em sua viagem de volta, ele também visitou a Palestina durante 12 dias, esta viria a ser sua única visita à região. "Ele foi recebido com uma grande pompa britânica, como se fosse um chefe de Estado, em vez de um físico teórico", escreve Isaacson. Isto incluiu uma saudação de canhão em sua chegada na residência do alto comissário britânico, Sir Herbert Samuel. Durante uma recepção dada a ele, o prédio foi "invadido por multidões que queriam ouvi-lo". Em um discurso de Einstein para o público, ele expressou sua felicidade sobre o evento: “ Eu considero este o melhor dia da minha vida. Antes, eu sempre achei algo a lamentar na alma judaica, e que é o esquecimento de seu próprio povo. Hoje, eu estou feliz com a visão do povo judeu aprendendo a reconhecer-se e a tornar-se reconhecido como uma força no mundo.[54] ” Carlos Chagas e a equipe do Instituto Oswaldo Cruz, em recepção a Albert Einstein. Einstein fez uma viagem à América do Sul, em 1925, visitando países como Argentina, Uruguai e também o Brasil.[55] Além de fazer conferências científicas, visitou universidades e instituições de pesquisas. O navio que o trouxe ao Brasil foi o Cap Polonio. Ficou hospedado no Hotel Glória e gostou da goiaba, servida no café da manhã. Em 21 de março passou pelo Rio de Janeiro, onde foi recebido por jornalistas, cientistas e membros da comunidade judaica. Visitou o Jardim Botânico e fez o seguinte comentário, por escrito, para o jornalista Assis Chateaubriand: "O problema que minha mente formulou foi respondido pelo luminoso céu do Brasil".[56] Tal afirmação dizia respeito a uma observação do eclipse solar registrada na cidade cearense de Sobral por uma equipe de cientistas britânicos, liderada por Sir Arthur Stanley Eddington, que buscava vestígios que pudessem comprovar a Teoria da Relatividade, até então mera especulação. Albert Einstein nunca chegou a visitar a cidade de Sobral.[57][58] Em 24 de abril de 1925, Einstein deixou Buenos Aires e alcançou Montevidéu. Fez ali três conferências e, tal como na Argentina, participou de várias recepções e visitou o presidente da República. Permaneceu no Uruguai por uma semana, de onde saiu no primeiro dia de maio, em direção ao Rio de Janeiro, no navio Valdívia. Desembarcou novamente no Rio de Janeiro em 4 de maio. Nos dias seguintes percorreria vários pontos turísticos da cidade, incluindo o Pão de Açúcar, o Corcovado e a Floresta da Tijuca. As anotações de seu diário ilustram bem suas percepções quanto à natureza tropical do local.[59] No dia 6 de Maio, visitou o então presidente da República, Artur Bernardes, além de alguns ministros.[56] Seu programa turístico-científico no Brasil incluiu diversas visitas a instituições, como o Museu Nacional,[60] a Academia Brasileira de Ciências e o Instituto Oswaldo Cruz, e duas conferências: uma no Clube de Engenharia do Rio de Janeiro e a outra na Escola Politécnica do Largo de São Francisco, atual Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro.[58] Através de ondas da rádio Sociedade, criada em 1923, Einstein proferiu em alemão uma mensagem à população, que foi traduzida pelo químico Mário Saraiva.[55] Nesta mensagem, o cientista destacou a importância dos meios radiofônicos para a difusão da cultura e do aprendizado científico, desde que sejam utilizados e preservados por profissionais qualificados.[55] Einstein deixaria o Rio no dia 12 de maio. Essa sua visita foi amplamente divulgada pela imprensa e influenciou na luta pelo estabelecimento de pesquisa básica e para a difusão das ideias da física moderna no Brasil.[55] Deixando o Rio, o já famoso físico alemão enviou, do navio, uma carta ao Comitê Nobel. Nesta carta, sugeria o nome do marechal Cândido Rondon para o Nobel da Paz.[56] Einstein teria se impressionado com o que se informou sobre as atividades de Rondon em relação à integração de tribos indígenas ao homem civilizado, sem o uso de armas ou algo do tipo.[56] [editar]Imigração para os Estados Unidos em 1933 Caricatura representando Einstein junto a um sinal intitulado "Paz Mundial" e despojado das suas asas de "pacifismo". Ele arregaça as suas mangas e segura uma espada intitulada "Prevenção". (cerca de 1933). Em fevereiro de 1933, durante uma visita aos Estados Unidos, Einstein decidiu não voltar para a Alemanha devido à ascensão dos nazistas ao poder com seu novo chanceler Adolf Hitler.[61][62] Ele visitou universidades norte-americanas no início de 1933, onde assumiu a sua cátedra de dois meses convidado pela terceira vez para o Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena. Ele e sua esposa Elsa voltaram de navio para a Bélgica, no final de março. Durante a viagem, eles foram informados de que sua casa foi invadida pelos nazistas e seu veleiro pessoal foi confiscados. Após o desembarque em Antuérpia em 28 de março, ele foi imediatamente ao consulado alemão onde ele pegou seu passaporte e formalmente renunciou à cidadania alemã.[54] No início de abril, soube que o novo governo alemão tinha instituido leis que proibiam aos judeus ocupar cargos oficiais, incluindo o ensino nas universidades.[54] Um mês depois, as obras de Einstein estavam entre os alvos da queima de livros dos nazistas, e o ministro da propaganda nazista Joseph Goebbels proclamou: "o intelectualismo judaico está morto".[54] Einstein também tomou conhecimento de que seu nome estava em uma lista de alvos de assassinato, com uma "recompensa de 5 mil dólares por sua cabeça".[54] Uma revista alemã o incluiu em uma lista de inimigos do regime alemão com a frase "ainda não enforcado".[54] Ele residiu na Bélgica, por alguns meses, antes temporariamente morou na Inglaterra.[63][64] Em uma carta para o seu amigo, o físico Max Born, que também emigrou da Alemanha e viveu na Inglaterra, Einstein escreveu: "... eu devo confessar que o grau de sua brutalidade e covardia veio como uma surpresa".[54] Em outubro de 1933 voltou para os Estados Unidos, assumindo um cargo no Instituto de Estudos Avançados de Princeton, que exigiu sua presença seis meses durante o ano.[65][66] Ainda estava indeciso sobre o seu futuro (tinha ofertas de universidades europeias, incluindo Oxford), mas em 1935 chegou à decisão de permanecer permanentemente nos Estados Unidos e requerer a cidadania estadunidense.[67][68] Retrato tirado em 1935 em Princeton. Sua afiliação com o Instituto de Estudos Avançados duraria até sua morte, em 1955.[69] Ele foi um dos quatro primeiros selecionados (dois dos outros foram John von Neumann e Kurt Gödel) no novo Instituto, onde logo desenvolveu uma fechada amizade com Gödel. Os dois faziam longas caminhadas juntos discutindo seu trabalho. Seu último assistente foi Bruria Kaufman, que mais tarde tornou-se uma renomada física. Durante este período, Einstein tentou desenvolver uma teoria do campo unificado e para refutar a interpretação aceita da física quântica, ambos sem sucesso. Outros cientistas também fugiram para a América. Entre eles estavam vencedores do prêmios Nobel e professores de física teórica. Com tantos outros cientistas judeus forçados pelas mesmas circunstâncias a viver na América, muitas vezes, trabalhando lado a lado, Einstein escreveu a um amigo: "Para mim a coisa mais bonita é estar em contato com bons-judeus, em alguns milênios de uma passado civilizado significa alguma coisa depois de tudo". Em outra carta, ele escreve: "Em toda minha vida eu nunca me senti tão judeu como agora".[54] [editar]Segunda Guerra Mundial e Projeto Manhattan Em 1939, um grupo de cientistas húngaros que incluíam o físico emigrante Leó Szilard tentaram alertar Washington de pesquisas nazistas em andamento sobre a bomba atômica. Os avisos do grupo foram ignorados.[70] Einstein e Szilard, junto com outros refugiados, como Edward Teller e Wigner Eugene, "considerando como sua a responsabilidade de alertar os americanos para a possibilidade de que cientistas alemães pudessem ganhar a corrida para construir uma bomba atômica, e para avisar que Hitler estaria mais do que disposto a recorrer a tal arma".[53]:630[71] No verão de 1939, poucos meses antes do início da Segunda Guerra Mundial na Europa, Einstein foi convencido a emprestar seu prestígio, escrevendo uma carta com Szilard ao presidente Franklin Delano Roosevelt para alertá-lo sobre essa possibilidade. A carta também recomendou que o governo dos Estados Unidos prestassem atenção e se envolvessem diretamente na pesquisa de urânio e de pesquisas associadas na reação em cadeia. Acredita-se que a carta seja "provavelmente o estímulo fundamental para a aprovação dos Estados Unidos em investigações sérias em armas nucleares na véspera da entrada do país na Segunda Guerra Mundial".[72] O presidente Roosevelt não poderia correr o risco de permitir que Hitler possuísse as primeiras bombas atômicas. Como resultado da carta de Einstein e seus encontros com Roosevelt, os Estados Unidos entraram na "corrida" para desenvolver a bomba, com base em seu "imenso material, financeira e recursos científicos" para iniciar o Projeto Manhattan. Tornou-se o único país a desenvolver com sucesso uma bomba atômica durante a Segunda Guerra Mundial. Para Einstein, a guerra era uma doença .... [e] ele sempre apelou para a resistência a uma guerra. "Mas em 1933, após a subida ao poder de Hitler, ele renunciou completamente ao pacifismo ... De fato, ele instou as potências ocidentais a se prepararem para outro ataque violento alemão.[73]:110 Em 1954, um ano antes do seu falecimento, Einstein disse ao seu velho amigo Linus Pauling, "Eu cometi um grande erro na minha vida - quando assinei a carta ao presidente Roosevelt recomendando a construção da bomba atómica; mas nesse tempo havia uma justificativa - o perigo de que fossem os alemães a construí-la..."[74] [editar]A cidadania norte-americana Einstein aceitando a cidadania americana, em 1940. Einstein tornou-se um cidadão americano em 1940. Não muito tempo depois de se instalar, ele iniciou sua carreira na Universidade de Princeton, ele expressou o seu apreço pela "meritocracia" da cultura americana, quando comparado com a Europa. De acordo com Isaacson, ele reconheceu o "direito dos indivíduos a dizer e pensar o que quisessem", sem barreiras sociais e, como conseqüência, o indivíduo foi "incentivado" para ser mais criativo, uma característica que ele apreciava a partir de sua própria educação precoce. Einstein escreveu: O que me dedicou a vir para este país é a característica democrática entre as pessoas. Ninguém se humilha diante de outra pessoa ou de classe ... A juventude americana tem a sorte de não ter sua perspectiva incomodada por tradições ultrapassadas.[54]:432 Como membro da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP) em Princeton que fazia campanhas para os direitos civis dos afro americanos, Einstein correspondia com o ativista dos direitos dos negros W.E.B. Du Bois, e, em 1946, Einstein chamou o racismo de "a pior doença" da América.[75] Mais tarde, ele afirmou, "o preconceito de raça infelizmente se tornou uma tradição americana que é acriticamente transmitida de uma geração para a outra. os únicos remédios são a iluminação e a educação".[76] Einstein em 1947 Durante a fase final de sua vida, Einstein teve uma transição para o estilo de vida vegetariano,[77] argumentando que "a maneira vegetariana de viver pelo seu efeito puramente físico no temperamento humano seria mais benéfica à influenciar o destino da humanidade".[78] Depois da morte do primeiro presidente de Israel, Chaim Weizmann, em novembro de 1952, o primeiro-ministro David Ben-Gurion ofereceu à Einstein a posição de presidente de Israel, um cargo principalmente cerimonial.[79] A oferta foi apresentada pelo embaixador de Israel em Washington, Abba Eban, que explicou que a oferta "encarna o mais profundo respeito que o povo judeu pode repousar em qualquer um de seus filhos".[53]:522 No entanto, Einstein recusou, e escreveu em sua resposta que ele estava "profundamente comovido", e "uma vez triste e envergonhado" pois não poderia aceitá-lo: Toda a minha vida eu tenho lidado com questões objetivas, daí me falta tanto a aptidão natural e experiência para lidar corretamente com as pessoas e para o exercício da função oficial. Eu estou mais triste com essas circunstâncias, porque a minha relação com o povo judeu se tornou o meu laço humano mais forte, uma vez que eu consegui compreender a clareza sobre a nossa posição precária entre as nações do mundo.[53]:522[79][80] [editar]Morte O New York World-Telegram anunciando a morte de Einstein em 18 de abril de 1955. Em 17 de abril de 1955, Albert Einstein sentiu uma hemorragia interna causada pela ruptura de um aneurisma da aorta abdominal, que já havia sido reforçado cirurgicamente pelo Dr. Rudolph Nissen, em 1948.[81] Ele pegou o rascunho de um discurso que ele estava se preparando para uma aparição na televisão comemorando o sétimo aniversário do Estado de Israel com ele no hospital, mas ele não viveu tempo suficiente para concluí-lo.[82] Einstein recusou-se a cirurgia, dizendo: ".... quero ir quando eu quiser. É de mau gosto ficar prolongar a vida artificialmente. Eu fiz a minha parte, é hora de ir embora eu vou fazê-lo com elegância".[83] Ele morreu cedo na manhã seguinte no Hospital de Princeton, com 76 anos de idade, tendo continuado a trabalhar até quase o fim de sua vida. Durante a autópsia, o patologista do Hospital de Princeton, Thomas Stoltz Harvey, removeu o cérebro de Einstein para a preservação sem a permissão de sua família, na esperança de que a neurociência do futuro seria capaz de descobrir o que fez Einstein tão inteligente.[84] Os restos de Einstein foram cremados e suas cinzas foram espalhadas em um local não revelado.[85][86] Em sua palestra no memorial de Einstein, o físico nuclear Robert Oppenheimer resumiu sua impressão sobre ele como pessoa: "Ele foi quase totalmente sem sofisticação e totalmente sem mundanismo ... Havia sempre com ele uma pureza maravilhosa ao mesmo tempo infantil e profundamente teimoso".[87] [editar]Carreira científica Albert Einstein em 1904 O efeito fotoelétrico. Fótons sobre a esquerda se chocando com uma placa de metal (parte inferior), e os elétrons de ejeção, descrito como voando para a direita. Ao longo de sua vida, Einstein publicou centenas de livros e artigos.[8][11] Além do trabalho que ele fez para si mesmo, ele também colaborou com outros cientistas em projetos adicionais, incluindo a estatística de Bose-Einstein, o refrigerador de Einstein e outros.[88] [editar]Annus Mirabilis Ver artigos principais: Efeito fotoelétrico, Relatividade restrita e Equivalência massa-energia O Annus mirabilis são quatro artigos referentes ao efeito fotoelétrico (que deu origem à teoria quântica), o movimento browniano, a teoria da relatividade especial, e E = mc2 que Albert Einstein publicou na revista científica Annalen der Physik em 1905. Estas quatro obras contribuíram substancialmente para a fundação da física moderna e mudou opiniões sobre espaço, tempo e matéria. Título (traduzido) Área de foco Recebido Publicado Significado Em um ponto de vista heurístico relativo à produção e transformação da luz Efeito fotoelétrico 18 de março 9 de junho Foi resolvido um quebra-cabeça sem solução, sugerindo que a energia é trocada apenas em quantidades discretas (quantidade).[89] Esta ideia foi fundamental para o desenvolvimento inicial da teoria quântica.[90] sobre o movimento de pequenas partículas em suspensão dentro de líquidos em repouso, tal como exigido pela teoria cinético-molecular do calor Movimento browniano 11 de maio 18 de julho Explicou evidência empírica para a teoria atômica, apoiando a aplicação da física estatística.[91] Sobre a Eletrodinâmica dos Corpos em Movimento Relatividade restrita 30 de junho 26 de setembro Reconciliadas equações de eletricidade e de magnetismo de Maxwell com as leis da mecânica, introduzindo alterações importantes na mecânica perto da velocidade da luz, que resultam a partir da análise com base na evidência empírica de que a velocidade da luz é independente do movimento do observador.[92] Desacreditado o conceito de um "éter luminoso".[93] Será que a inércia de um corpo depende de seu conteúdo de energia? Equivalência massa-energia 27 de setembro 21 de novembro Equivalência de matéria e energia,[94] E = mc2 (e, por implicação, a capacidade de gravidade para "dobrar" a luz), a existência de "energia de repouso", e com base em energia nuclear. [editar]Flutuações termodinâmicas e física estatística Ver artigos principais: Mecânica estatística e física estatística O primeiro trabalho de Albert Einstein publicado em 1900 no Annalen der Physik versou sobre a atração capilar.[95] Ele foi publicado em 1901 com o título "Folgerungen aus den Kapillarität Erscheinungen", que se traduz como "Conclusões dos fenômenos de capilaridade". Dois artigos que publicou entre 1902-1903 (termodinâmica) tentaram interpretar fenômenos atômicos a partir de um ponto de vista estatístico. Estas publicações foram a base para o artigo de 1905 sobre o movimento browniano, que mostrou que o movimento browniano pode ser interpretado como evidência sólida da existência das moléculas. Sua pesquisa em 1903 e 1904 estava centrada principalmente sobre o efeito do tamanho atômico finito em fenômenos de difusão.[95] [editar]Princípios gerais Ele articulou o princípio da relatividade.[96] Isto foi entendido por Hermann Minkowski ser uma generalização de invariância de rotação do espaço para o espaço-tempo. Outros princípios, postulados por Einstein e, mais tarde vindicado são o princípio da equivalência e o princípio da invariância adiabática do número quântico. [editar]Teoria da relatividade e E = mc² Ver artigo principal: História da relatividade especial "Sobre a Eletrodinâmica dos Corpos em Movimento" de Einstein ("Zur Elektrodynamik bewegter Körper") foi recebida em 30 de junho de 1905 e publicado em 26 de setembro daquele mesmo ano. Ela concilia as equações de Maxwell para a eletricidade e o magnetismo com as leis da mecânica, através da introdução de grandes mudanças para a mecânica perto da velocidade da luz. Isto mais tarde se tornou conhecido como a teoria da relatividade especial de Einstein. As consequências disto incluem o intervalo de espaço-tempo de um corpo em movimento que aparece para dilatar e contrair (na direção do movimento), quando medido na moldura do observador. Este documento também argumentou que a ideia de um éter luminífero - uma das entidades líderes teóricas da física na época era supérflua.[97] Em seu artigo sobre equivalência massa-energia, Einstein produziu E = mc2 de sua equação da relatividade especial.[98] O trabalho de Einstein de 1905 sobre a relatividade permaneceu controverso por muitos anos, mas foi aceito pelos principais físicos, começando com Max Planck.[99][100] [editar]Fótons e energia quanta Ver artigo principal: Fotão Em um artigo de 1905,[101] Einstein postulou que a luz em si, consiste de partículas localizadas (quanta). A luz quanta de Einstein fora quase universalmente rejeitada por todos os físicos, incluindo Max Planck e Niels Bohr. Essa ideia só se tornou universalmente aceita em 1919, com os experimentos detalhados de Robert Millikan sobre o efeito fotoelétrico, e com a medida de espalhamento Compton. Einstein concluiu que cada onda de frequência f é associado com um conjunto de fotões com uma energia hf cada, em que h é a constante de Planck. Ele não diz muito mais, porque não tinha certeza de como as partículas estão relacionadas com a onda. Mas ele sugere que essa ideia poderia explicar alguns resultados experimentais, nomeadamente o efeito fotoelétrico.[102] [editar]Vibração atômica quantificada Em 1907, Einstein propôs um modelo de matéria em que cada átomo de uma estrutura de rede é um oscilador harmônico independente. No modelo de Einstein, cada átomo oscila de forma independente - uma série de estados quantizados igualmente espaçados para cada oscilador. Einstein estava consciente de que obtendo a freqüência das oscilações reais seria diferente, mas ele, no entanto, propôs esta teoria, porque foi uma demonstração particularmente clara que a mecânica quântica poderia resolver o problema do calor específico na mecânica clássica. Peter Debye aprimorou este modelo.[103] [editar]Princípio adiabático e ação do ângulo de variáveis Ver artigo principal: Antiga teoria quântica Ao longo da década de 1910, a mecânica quântica expandiu em escopo para cobrir muitos sistemas diferentes. Depois de Ernest Rutherford descobrir o núcleo e propôr que os electrões orbitam como planetas, Niels Bohr foi capaz de mostrar o mesmo que a mecânica quântica postulada introduzida por Planck e desenvolvida por Einstein explicaria o movimento discreto de electrões nos átomos, e os elementos da tabela periódica. Einstein contribuiu para estes desenvolvimentos, ligando-os com os argumentos que Wilhelm Wien tinha feito em 1898. Wien tinha mostrado que a hipótese de invariância adiabática de um estado de equilíbrio térmico permite que todas as curvas de corpo negro a temperaturas diferentes a serem derivadas a partir de um do outro por um processo simples de deslocação.[104] Einstein observou em 1911 que o mesmo princípio adiabático mostra que a quantidade que é quantizada em qualquer movimento mecânico deve ser um invariante adiabático. Arnold Sommerfeld identificou que esta invariante adiabática como a variável da ação da mecânica clássica.[105] A lei que a variável de ação é quantizada era um princípio básico da teoria quântica, como era conhecida entre 1900 e 1925. [editar]Berlim Recebeu o Nobel de Física de 1921, pela explicação do efeito fotoeléctrico; no entanto, o prémio só foi anunciado em 1922. Einstein receberia a quantia de 120 000 coroas suecas. Einstein não participou da cerimónia de atribuição do prémio pois encontrava-se no Japão nessa altura. Ao longo de sua vida, Einstein visitaria diversos países, incluindo alguns da América Latina. Entre 1925 e 1928, Einstein foi presidente da Universidade Hebraica de Jerusalém.[carece de fontes] Em 1933, Adolf Hitler chega ao poder na Alemanha. Einstein, judeu, encontra-se agora em perigo. É avisado por amigos de que há planos para o seu assassinato e é aconselhado a fugir. Einstein renuncia mais uma vez à cidadania alemã[106]. A 26 de Maio de 1933, o físico entrou no Reino Unido vindo da Bélgica, numa fuga à Alemanha Nazi[107]. A 7 de Outubro de 1933, Einstein parte do porto de Southampton num navio para os Estados Unidos, o seu novo lar. Nunca voltaria a viver na Europa.[107] Participou da 1ª, 2ª, 5ª e 7ª Conferência de Solvay. [editar]Princeton Em 1932 aceitou uma posição no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de Princeton, Nova Jersey como professor de física teórica e em 1933 com a subida dos Nazis decidiu viver permanentemente aí. Einstein passou os últimos quarenta anos de sua vida tentando unificar os campos eletromagnético e o gravitacional numa única teoria que ele chamava de Teoria do Campo Unificado. Procurou unificar as forças fundamentais, isto é a força gravitacional e a força electromagnéctica, numa teoria que descrevesse as forças como uma única força, do mesmo modo que a teoria de Maxwell une as forças eléctrica e magnética. No entanto não incluía no seu modelo as forças nucleares forte e fraca, que na época, e até 1970, não eram compreendidas como forças separadas.[carece de fontes] Em 1941 tem início o Projecto Manhattan (o desenvolvimento de uma bomba atômica). Pronunciamento oficial do próprio Albert Einstein sobre o referido tema:[108] Albert Einstein em seu último ano de vida. Minha responsabilidade na questão da bomba atômica se limita a uma única intervenção: escrevi uma carta ao Presidente Roosevelt. Eu sabia ser necessária e urgente a organização de experiências de grande envergadura para o estudo e a realização da bomba atômica. E o disse. Conhecia também o risco universal causado pela descoberta da bomba. Mas os sábios alemães se encarniçavam sobre o mesmo problema e tinham todas as chances de resolvê-lo. Assumi portanto minhas responsabilidades. E no entanto sou apaixonadamente um pacifista e minha maneira de ver não é diferente diante da mortandade em tempo de paz. Já que as nações não se resolvem a suprimir a guerra por uma ação conjunta, já que não superam os conflitos por uma arbitragem pacífica e não baseiam seu direito sobre a lei, elas se vêem inexoravelmente obrigadas a preparar a guerra. Participando da corrida geral dos armamentos e não querendo perder, concebem e executam os planos mais detestáveis. Precipitam-se para a guerra. Mas hoje, a guerra se chama o aniquilamento da humanidade. Protestar hoje contra os armamentos não quer dizer nada e não muda nada. Só a supressão definitiva do risco universal da guerra dá sentido e oportunidade à sobrevivência do mundo. Daqui em diante, eis nosso labor cotidiano e nossa inabalável decisão: lutar contra a raiz do mal e não contra os efeitos. O homem aceita lucidamente esta exigência. Que importa que seja acusado de anti-social ou de utópico? Gandhi encarna o maior gênio político de nossa civilização. Definiu o sentido concreto de uma política e soube encontrar em cada homem um inesgotável heroísmo quando descobre um objetivo e um valor para sua ação. A Índia, hoje livre, prova a justeza de seu testemunho. Ora, o poder material, em aparência invencível, do Império Britânico foi submergido por uma vontade inspirada por ideias simples e claras. — Albert Einstein Em 1945, Einstein reforma-se da carreira universitária.[109] Em 1952, David Ben-Gurion, então o primeiro-ministro de Israel, convida Albert Einstein para suceder a Chaim Weizmann no cargo de presidente do estado de Israel. Einstein agradece mas recusa, alegando que não está à altura do cargo.[110] Morreu em 18 de abril de 1955, aos 76 anos, em consequência de um aneurisma. O seu corpo foi cremado mas seu cérebro foi doado ao cientista Thomas Harvey, patologista do Hospital de Princeton [111]. O cérebro de Einstein pesava 1230 g, enquanto a média para homens é de 1400 g. Seu volume também era menor, estava quatro centímetros abaixo da média. Essa diminuição de peso e volume pode estar relacionada à idade com que o cientista morreu: 76 anos.[112] [editar]Política e religião Einstein considerava-se um socialista.[113] Neste artigo de 1949, descreveu a "fase predatória do desenvolvimento humano", exemplificada pelo anarquismo capitalista da sociedade, como uma origem de mal a ser ultrapassada. Não concordava com os regimes totalitários de inspiração socialista. No início, foi a favor da construção da bomba atómica para derrotar Adolf Hitler, mas depois da guerra fez pressão a favor do desarmamento nuclear e de um governo mundial. Pelo facto de defender os direitos civis e das suas ideias socialistas, Einstein chamou a atenção do FBI, que o investigou sob a acusação de pertencer ao Partido Comunista. O governo americano recentemente liberou os arquivos que contêm a sua visão sobre a pessoa de Einstein e as suas actividades pessoais e políticas. Num desses arquivos comenta-se que o cientista era "inadmissível para os Estados Unidos" por várias razões, principalmente porque, segundo as palavras dos serviços, cria, aconselhava e ensinava uma doutrina anarquista, além de ser membro e afiliado a grupos que admitiam "actuar ilegalmente contra os princípios fundamentais do governo organizado". Einstein e Robert Oppenheimer. Einstein era profundamente pacifista, tendo intervindo diversas vezes a favor da paz no mundo e do abandono das armas nucleares. Em 1944, um manuscrito do seu trabalho de 1905, devidamente autografado, foi leiloado, e os cerca de seis milhões de dólares arrecadados foram revertidos para a ajuda às vítimas da Segunda Guerra Mundial. Este documento encontra-se hoje na Biblioteca do Congresso dos EUA.[carece de fontes] Uma semana antes de sua morte assinou a sua última carta, endereçada a Bertrand Russell, concordando em que o seu nome fosse incluído numa petição exortando todas as nações a abandonar as armas nucleares. [carece de fontes] Einstein era também um sionista cultural convicto, tendo em diversas ocasiões defendido o desenvolvimento do Estado Judaico na Palestina. Em particular, foi membro do conselho de governadores da Universidade Hebraica de Jerusalém. Sendo antinacionalista e pacifista, esteve no entanto contra alguns dos acontecimentos que levaram ao nascimento do Estado Judaico. Einstein acreditava que o estado de Israel deveria acolher judeus e palestinos de modo pacífico, num modelo confederacional semelhante ao do estado suíço.[carece de fontes] Einstein não era religioso, e não professava a fé judaica nem a cristã, embora tenha tido contato com as mesmas quando criança. Quando jovem, do ponto de vista religioso, ele se encontrava segundo alguns historiadores entre o panteísmo de Baruch Spinoza e o deísmo na qual se acredita que é com a razão, e não com a fé, que se chega a Deus. Alguns historiadores argumentam que, devido a suas declarações, tanto panteístas quanto deístas ao longo de sua vida, talvez ele seja melhor classificado como um pandeísta.[carece de fontes] Fato é, contudo, que embora tenha sempre expressado sua profunda admiração pela ordem da natureza, sendo a admiração pela natureza certamente a sua mais devota religião [114], nunca associou-a explicitamente a um projetista onipotente, sendo essa conexão sempre feita por terceiros a partir de suas citações. Einstein de certa forma mantinha-se a parte de questionamentos religiosos, talvez a fim de evitar conflitos e animosidades oriundas do assunto dadas a publicidade suas palavras junto à sociedade de um país estrangeiro ou mesmo no seu - em sua maior parte teísta - ao menos em parte de sua vida [115]. Tinha consigo a realidade da harmonia e inexorabilidade das leis na e da natureza e rejeitava o Deus pessoal que intervém na História. Era também adepto do total determinismo do universo e excluía a possibilidade do livre arbítrio dos seres humanos. Para Einstein "o Homem é livre de fazer o que quer, mas não é livre de querer o que quer", o que significa que o homem age sempre de forma compulsiva, sem uma verdadeira liberdade, todos os seus actos sendo determinados pelas leis da natureza e pela interação do homem com o ambiente. [carece de fontes] Selo mostrando Albert Einstein. Este selo foi confeccionado em 2005 em comemoração ao ano da física. A seguinte carta breve de Einstein, escrita a 24 de setembro de 1946 a Isaac Hirsch, o presidente da Congregação B'er Chaym, ilustra bem a relação de Einstein com a religião judaica e o seu senso de humor típico: Meu caro Sr. Hirsch, muito obrigado pelo seu gentil convite. Apesar de eu ser uma espécie de Santo Judeu, tenho estado ausente da Sinagoga há tanto tempo, que receio que Deus não me iria reconhecer, e se me reconhecesse seria ainda pior. Com os meus melhores cumprimentos e votos de bons feriados para si e para a sua congregação. Agradecendo mais uma vez, [carece de fontes] Em sua obra Como Vejo o Mundo [116] no tema religiosidade, Einstein procura enfatizar seu ponto de vista do mundo e suas concepções em temas fundamentais à formação do homem, tais como o sentido da vida, o lugar do dinheiro, o fundamento da moral e a liberdade individual. O Estado, a educação, o senso de responsabilidade social, a guerra e a paz, o respeito às minorias, o trabalho, a produção e a distribuição de riquezas, o desarmamento, a convivência pacífica entre as nações são alguns dos temas que ele trata, entre outros. [carece de fontes] Um breve discurso de Albert Einstein: O espírito científico, fortemente armado com seu método, não existe sem a religiosidade cósmica. Ela se distingue da crença das multidões ingênuas que consideram Deus um Ser de quem esperam benignidade e do qual temem o castigo - uma espécie de sentimento exaltado da mesma natureza que os laços do filho com o pai, um ser com quem também estabelecem relações pessoais, por respeitosas que sejam. Mas o sábio, bem convencido, da lei de causalidade de qualquer acontecimento, decifra o futuro e o passado submetidos às mesmas regras de necessidade e determinismo. A moral não lhe suscita problemas com os deuses, mas simplesmente com os homens. Sua religiosidade consiste em espantar-se, em extasiar-se diante da harmonia das leis da natureza, revelando uma inteligência tão superior que todos os pensamentos humanos e todo seu engenho não podem desvendar, diante dela, a não ser seu nada irrisório. Este sentimento desenvolve a regra dominante de sua vida, de sua coragem, na medida em que supera a servidão dos desejos egoístas. Indubitavelmente, este sentimento se compara àquele que animou os espíritos criadores religiosos em todos os tempos. [carece de fontes] Estátua de Albert Einstein em Academia de Ciências e Humanidades de Israel. Em 2008,[117] veio ao público uma carta de propriedade de um colecionador particular, de autoria de Einstein, cujo conteúdo corrobora o posicionamento de Einstein como ateu quando adulto. Ele escreve em determinado trecho que Deus segundo crenças populares é fruto da fraqueza humana, sendo a Bíblia uma coleção de lendas honradas ainda que primitivas, infantis. Nesta carta Einstein ainda cita a religião judaica, desprezando qualquer diferença entre o povo judeu em relação aos outros povos. Na carta encontra-se evidente a posição de Einstein em relação ao fanatismo religioso e as superstições, apresentando ele uma posição bastante crítica em relação a religião. Lembrando que mesmo em sua juventude, na visão de Einstein, Deus não tinha formas antropomórficas, e sim uma forma semelhante a Bento de Espinosa e a do Deismo, o que levou alguns historiadores a classificá-lo como Pandeísta [carece de fontes], em sua vida adulta e senilidade Einstein demonstra concluir pela não necessidade de um ou mais seres onipotentes regulando o fluxo natural das coisas no universo. Entre os historiadores contudo existe uma certeza: nos últimos anos de sua vida Einstein estava profundamente abalado com o rumo que a física tomara. Cada vez mais experiências e evidências corroboravam as alegações da Mecânica Quântica e a de que o Universo, ao menos em sua escala atômica, não pode ser completamente determinado, havendo incertezas intrínsecas à natureza capazes inclusive de influenciar o mundo macroscópico. No começo das pesquisas sobre Mecânica Quântica, ele chegou a fazer uma celebre declaração; - Deus não joga dados com o Universo. Mas o tempo e as evidências mostraram que ele estava enganado. Anos depois da morte de Einstein, o físico Stephen Hawking fez a seguinte declaração para corrigir Einstein; - Não só Deus joga dados com o Universo, como joga em lugares onde não podemos ver o resultado. Sendo conveniente esclarecer que tanto Einstein como Hawking valiam-se aqui de um sentido metafórico e relativo para a palavra Deus, não implicando que os dois cientistas estavam a expressar crença no mesmo [118][119], havendo inclusive Hawking, que declarou-se ateu quando do seu divórcio, deixado tal ponto bem evidente em seus livros e discursos, fato é que as evidências que estavam a corroborar a mecânica quântica abalaram profundamente a linha de raciocínio consolidada de Einstein quanto ao determinismo estrito e mecanicista que ele tanto defendeu desde a sua juventude. Mesmo levando-se em conta a correta afirmação de que a mecânica quântica não viola o determinismo, que por definição implica uma sentença condicional - dê-me todas as condições iniciais em um dado instante, e o universo está completamente determinado em qualquer instante que se queira -, em princípio simplesmente colocando a resposta fora de alcance ao afirmar que é impossível conhecer-se as condições iniciais com precisão absoluta (princípio da incerteza de Heisenberg)[Nota 1][120][121][122][123], certo é que, assim como Einstein morreu ainda confiante no determinismo estrito do universo, conforme relatam os famosos debates que travou acerca da validade da mecânica quântica - a exemplo a paradoxo EPR - e alguns de seus trabalhos escritos já próximo à morte, Einstein também morreu ateu, conforme corroborado pela citada carta e outras fontes mais.

O inferno

Inferno Ilustração medieval do inferno no Hortus deliciarum, manuscrito de Herrad de Landsberg (cerca de 1180). Inferno é um termo usado por diferentes religiões, mitologias e filosofias, representando a morada dos mortos, ou lugar de grande sofrimento e de condenação. A origem do termo é latina: infernum, que significa "as profundezas" ou o "mundo inferior". Índice [esconder] 1 Etimologia 1.1 Mudanças no Sentido da Palavra Inferno 2 O Inferno de Fogo e a Igreja 3 Inferno como arquétipo contemporâneo 4 Politeísmo 4.1 Mitologia grega 5 Religiões abraâmicas 5.1 Judaísmo 5.2 Cristianismo 5.2.1 Adventismo 5.2.2 Catolicismo 5.2.3 Protestantismo 5.3 Testemunhas de Jeová 5.3.1 Espiritismo 5.4 Islamismo 6 Religiões orientais 6.1 Budismo 7 Segundo as mais variadas mitologias 8 Referências 9 Ver também [editar]Etimologia A palavra inferno, que hoje conhecemos, origina-se da palavra latina pré-cristã inferus "lugares baixos", infernus.[1] Na Bíblia latina, a palavra é usada para representar o termo hebraico Seol e os termos gregos Hades e Geena, sem distinção. A maioria das versões em idioma Português seguem o latim, e eles não fazem distinção do original hebraico ou grego: V.T. Hebraico V.T. Grego N.T. Grego Latim Português vezes no N.T. Seol [2] Hades Hades [3] infernus inferno 10 vezes Ge Hinom [4] Ennom [5] Geena [6] infernus inferno 11 vezes Das palavras Hades e Sheol, ambas com mesmo significado, tendo conotação clara de um lugar para onde os mortos vão. Em versículos bíblicos onde se menciona tais palavras, é possível perceber que se trata de um só lugar. Com o passar do tempo, muitas religiões interpretaram o inferno, como o destino de apenas alguns; pessoas que não assumiram uma conduta louvável no ponto de vista religioso, e que por isso, foram condenadas ao sofrimento jamais visto pelo mundo material.[7] Alguns teólogos observaram, contraditoriamente, que o inferno não poderia ser um lugar desagradável, afirmando que um personagem bíblico que estava em sofrimento no mundo real, almejou “esconder-se no inferno”, para aliviar sua dor. Porém, o próprio Jesus fez uma narrativa de uma situação de uma pessoa que se encontrava no inferno, essa pessoa implorava a Abraão que mandasse um conhecido que não estava no inferno lhe refrescasse a língua com pelo menos a ponta do dedo molhado em água, pois em chamas era atormentado (Ver Lucas, capítulo 16, versículos de 19 ao 31).[8] Obviamente tal relato não foi em sentido literal, pois uma gota de água não alivia dor de quem está em chamas ou num calor intenso, mas queria dizer que pelo enorme sofrimento precisaria aliviar-se de qualquer jeito. A crença na existência de um lugar de tormento para o significado das palavras Hades e Sheol, foi muitas vezes confundida com a palavra “Geena”, traduzida para “lago de fogo”, uma forma simbólica para destruição eterna. Alguns teólogos concluem que todos que morrem vão para o inferno (Hades e Sheol), lugar onde até o próprio Jesus foi, a sepultura, sua câmara mortuária. Como a própria Bíblia menciona, ele não foi esquecido no Inferno, foi ressuscitado ao terceiro dia conforme relatam os evangelhos. Porém deve-se salientar que outros teólogos veem que essa ida de Cristo ao lugar de tormento foi para tomar o lugar de cada ser humano que estava destinado à morte eterna pelo pecado original de Adão, e sendo Jesus tido como o consumador da fé serviu de cordeiro expiatório apesar de não ter visto corrupção. Portanto, as palavras Hades e Sheol, ambas com mesmo significado, tem conotação clara de um lugar para onde vão os mortos. Segundo a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, Hades se refere a sepultura comum da humanidade, lugar onde vão todos os que morrem. Já a palavra Geena se refere a uma condição. Sendo esta a condição daqueles pecadores não arrependidos: destruição eterna. De fato, não existe inferno de fogo literal, lugar de tormento eterno para onde vão os maus. Quando a Bíblia menciona inferno nada mais é do que a própria condição da morte. Romanos 6: 23 diz: "Pois o salário pago pelo pecado é a morte, mas o dom dado por Deus é a vida eterna por Cristo Jesus, nosso Senhor." [editar]Mudanças no Sentido da Palavra Inferno O Dicionário Expositivo de Palavras do Velho e do Novo Testamento diz a respeito do uso de inferno para traduzir as palavras originais do hebraico Sheol e do grego Hades (Bíblia): Hades . . . Corresponde a Sheol no Antigo Testamento. Na Versão Autorizada do A.T. e do N. T., foi vertido de modo infeliz por Inferno.[9] A Enciclopédia da Collier diz a respeito de Inferno: Primeiro representa o hebraico Seol do Antigo Testamento, e o grego Hades, da Septuaginta e do Novo Testamento. Visto que Seol, nos tempos do Antigo Testamento, se referia simplesmente à habitação dos mortos e não sugeria distinções morais, a palavra ‘inferno’, conforme entendida atualmente, não é uma tradução feliz.[10] O Terceiro Novo Dicionário Internacional de Webster diz: Devido ao entendimento atual da palavra inferno (Latim Infernus) é que ela constitui uma maneira tão infeliz de verter estas palavras bíblicas originais. A palavra inferno não transmitia assim, originalmente, nenhuma idéia de calor ou de tormento, mas simplesmente de um lugar coberto ou oculto (de . . . helan, esconder).[11] A Enciclopédia Americana diz: Muita confusão e muitos mal-entendidos foram causados pelo fato de os primitivos tradutores da Bíblia terem traduzido persistentemente o hebraico Seol e o grego Hades e Geena pela palavra inferno. A simples transliteração destas palavras por parte dos tradutores das edições revistas da Bíblia não bastou para eliminar apreciavelmente esta confusão e equívoco.[12] O significado atribuído à palavra inferno atualmente é o representado em A Divina Comédia de Dante[13], e no Paraíso Perdido de Milton[14], significado este completamente alheio à definição original da palavra. A ideia dum inferno de tormento ardente, porém, remonta a uma época muito anterior a Dante ou a Milton. [editar]O Inferno de Fogo e a Igreja O conceito sobre o inferno de fogo começou a ser adotado pela igreja católica principalmente a partir do 2.° século EC, bem depois da época dos primitivos cristãos No entanto, os primeiros Pais da Igreja discordavam na questão do inferno. Justino, o ‎Mártir, Clemente de Alexandria, Tertuliano e Cipriano acreditavam que o inferno era um ‎lugar de fogo. Orígenes e o teólogo Gregório de Nissa achavam que o inferno era um ‎lugar de separação de Deus — de sofrimento espiritual. Agostinho de ‎Hipona, por outro lado, sustentava a ideia de que o sofrimento no inferno era tanto ‎espiritual como físico — conceito que passou a ser aceito. “Por volta do ‎quinto século a rigorosa doutrina de que os pecadores não terão uma segunda ‎oportunidade após a vida, e que o fogo que os devorará jamais se extinguirá, ‎prevalecia em toda a parte”.[15] No século XVI, reformadores protestantes tais como Martinho Lutero e João Calvino ‎entenderam que o tormento ardente do inferno simbolizava passar a eternidade ‎separado de Deus. No entanto, a ideia de o inferno ser um lugar de tormento ressurgiu ‎nos dois séculos seguintes. O pregador protestante Jonathan Edwards costumava ‎aterrorizar o coração dos colonos americanos no século XVIII com a descrição vívida do ‎inferno.‎ Pouco depois, porém, as chamas do inferno começaram a diminuir lentamente. “O ‎inferno quase morreu no século 20”.[16] [editar]Inferno como arquétipo contemporâneo A fusão entre paixão, desejo, pecado e condenação envolvida na imagem do Inferno permitiram ao imaginário contemporâneo imaginar antes lugar de prazer e de servidão ao prazer do que propriamente de sofrimento ou purificação. O fenômeno é bem observado na cultura cristã que, no seguimento dos esforços aplicados às ideias de purificação do monoteísmo, condenou as divindades mais materiais da fertilidade, das paixões e da energia sexual, o que literalmente as transformou em demônios. Assim, os arquétipos da paixão e do prazer ficaram associados ao do inferno, com a conseqüente mudança de sentido e de atração sobre a imaginação. Outras correntes de pensamento actuais, curiosamente também com base na cultura católica-cristã, demonstram a sua opinião de inferno não como um local físico, mas antes como um estado de espírito, indo ao encontro da ideia preconizada por diversas correntes filosófico-religiosas partidárias da reencarnação. [editar]Politeísmo [editar]Mitologia grega Ver artigo principal: Hades (reino) Estátua de Hades, o deus grego dos mortos, com Cerberus. Na mitologia grega, as profundezas correspondiam ao reino de Hades, para onde iam os mortos. Daí ser comum encontrar-se a referência de que Hades era deus dos Infernos. O uso do plural, infernos indica mais o caráter de submundo e mundo das profundezas do que o caráter de lugar de condenação, em geral dado pelo singular, inferno. Distinguindo o lugar dos mortos - o Hades - a mitologia grega também concebeu um lugar de condenação ou de prisão, o Tártaro. A Grolier Universal Encyclopedia(Enciclopédia Universal Grolier, 1971, Vol. 9, p. 205), sobre “Inferno”, diz: “Os hindus e os budistas consideram o inferno como lugar de purificação espiritual e de restauração final. A tradição islâmica o considera como um lugar de castigo eterno.” O conceito de sofrimento após a morte é encontrado entre os ensinos religiosos pagãos dos povos antigos da Babilônia e do Egito. As crenças dos babilônios e dos assírios retratavam o “mundo inferior . . . como lugar cheio de horrores, . . . presidido por deuses e demônios de grande força e ferocidade”. Embora os antigos textos religiosos egípcios não ensinem que a queima de qualquer vítima individual prosseguiria eternamente, eles deveras retratam o “Outro Mundo” como tendo “covas de fogo” para “os condenados”. — The Religion of Babylonia and Assyria (A Religião de Babilônia e Assíria), de Morris Jastrow Jr., 1898, p. 581; The Book of the Dead (O Livro dos Mortos), com apresentação de E. Wallis Budge, 1960, pp. 135, 144, 149, 151, 153, 161, 200. [editar]Religiões abraâmicas [editar]Judaísmo No judaísmo, o termo Gehinom (ou Gehena) designa a situação de purificação necessária à alma para que possa entrar no Paraíso - denominado por Gan Eden. Nesse sentido, o inferno na religião e mitologia judaica não é eterno, mas uma condição finita, após a qual a alma está purificada. Outro termo designativo do mundo dos mortos é Sheol, que apresenta essa característica de desolação, silêncio e purificação. A palavra vem de Ceeol, que mais tarde dá origem ao termo sheol, não confundindo com "Geena" que era o nome dado a uma ravina profunda ao sul de Jerusalém, onde sacrifícios humanos eram realizados na época de doutrinas anteriores. Mais tarde, tornou-se uma espécie de lixão da cidade de Jerusalém, frequentemente em chamas devido ao material orgânico. O uso do termo Sheol indica lugar de inconsciência e inexistência, conforme o contexto nos mostra e não um lugar de punição. [editar]Cristianismo O Inferno de Dante Alighieri. Dante e Virgílio no Inferno, quadro de William-Adolphe Bouguereau No Cristianismo existem diversas concepções a respeito do inferno, correspondentes às diferentes correntes cristãs. A ideia de que o inferno é um lugar de condenação eterna, tal como se apresenta hoje para diversas correntes cristãs, nem sempre foi e ainda não é consenso entre os cristãos. Nos primeiros séculos do cristianismo, houve quem defendesse que a permanência da alma no inferno era temporária, uma vez que inferno significa "sepultura", de onde, segundo os Evangelhos, a pessoa pode sair quando da ressurreição. Essa ideia é defendida hoje por várias correntes cristãs. [editar]Adventismo Na criação da humanidade, a união do pó da terra com o fôlego de vida produziu uma criatura ou alma vivente. Adão não recebeu uma alma como entidade separada; ele tornou-se alma vivente (Gênesis 2:7). Na morte, ocorre o inverso: o pó da terra menos o fôlego de vida resulta numa pessoa morta ou alma morta, sem qualquer grau de consciência (Jó 34:14-15; Salmo 146:4; Eclesiastes 9:5,6). Os elementos que haviam composto o corpo retornam à terra de onde haviam provindo (Gênesis 3:19), enquanto que fôlego de vida volta a Deus, que o deu (Eclesiastes 12:7). Cabe lembrar que na Bíblia, os termos hebraico e grego para 'espírito' (ruach e pneuma, repectivamente) NÃO se referem a uma entidade inteligente, capaz de existência consciente à parte do corpo. Ao contrário, esses termos se aplicam ao 'fôlego de vida' - o princípio vital da existência que anima seres humanos e animais. (baseado no livro 'Nisto Cremos' - Ensinos Bíblicos dos Adventistas do Sétimo Dia - download: http://www.cpb.com.br/arqs/nc/NC.pdf) A Bíblia é enfática ao afirmar que uma pessoa viva É uma alma (Atos 7:14); afirma, também, que a alma NÃO é imortal (Ezequiel 18:4; Romanos 6:23), que o homem busca a imortalidade (Romanos 2:6-7; I Coríntios 15:53) e que o Único que possui e imortalidade é Deus (I Timóteo 6:16). Assim sendo, fica evidente que os mortos dormem num estado de insconsciência (I Reis 2:10; 11:43; Jó 14:12; Salmo 17:15; Mateus 27:52; João 11:11-14; I Coríntios 15:51; I Tessalonicenses 4:13-17); logo, não estão em alguma habitação intermediária mas, unicamente, na sepultura (Jó 3:11-19; 14:10-12; Salmo 89:48; Eclesiastes 9:10; João 5:28-29), donde não poderão retornar às suas casas (Jó 7:9-10), não possuem glórias (Salmo 49:17), não sabem de nada do que se passa (Jó 14:21), não possuem sentimentos e nem lembrança alguma (Eclesiastes 9:5-6), não lembram de Deus e nem louvam a Deus (Salmos 6:5; 88:11; 115:17; Isaías 38:18-19). É impossível que algum homem esteja, agora, no Céu, pois a Bíblia afirma que ninguém subiu ao Céu, a não ser Jesus Cristo (João 3:13; Atos 2:34; Hebreus 11:13). O próprio Cristo afirmou que não subiu ao Céu por ocasião de Sua morte (João 27:17), mas desceu ao Hades (greg. supultura - Atos 2:31), ressuscitando ao terceiro dia (Atos 2:32) Todos aguardam a segunda vinda de Cristo, quando então os salvos serão ressuscitados e reinarão com Jesus durante mil anos (I Tessalonicenses 4:15-18; 2 Corintios 4:14, Apocalipse 20:6). Depois desse período, os ímpios ressuscitarão para o Juízo final (Apocalipse 20:5-9). Então cairá fogo e enxofre do Eterno Deus para purificar a Terra (2 Pedro 3:10-12). Esse fogo queimará tudo (Isaias 33:12; Malaquias 4:1); não restará nada (Salmo 37:20). Satanás, os demônios e os ímpios também serão aniquilados (Apocalipse 20:9). Isso é chamado pela Bíblia de segunda morte (Apocalipse 20:6, 14) Jesus e Seu povo fiel reinará para sempre na Nova Terra (Apocalipse 21:1-5). Nos textos originais, o significado da palavra inferno está associado à total inconsciência dos mortos na sepultura. A nomenclatura inferno não aparece nos textos gregos e hebraicos por se tratar de uma palavra de origem latina (inferuim - mundo inferior). Na Bíblia, os próprios termos originais já denotam isso - Sheol (hebraico, sig. sepultura: Salmos 16:10; 49:15; 89:48); Hades (grego, sig, sepultura: Atos 2:27 e 31, Apocalipse 20:13-14). O fogo da destruição final vem da palavra hebraica "Geena", e mesmo este só ocorre após o juízo final e resulta na aniquilação completa de Satanás, os demônios e os perversos (Mateus 10:28). Cada um receberá seu castigo de acordo com suas obras (Mateus 16:27; II Timóteo 4:1; Apocalipse 20:11-15; 22:12) Por fim, é interessante notar que em Mateus 25 e Apocalipse 14, as palavras traduzidas por "eterno" e "séculos dos séculos" não significam necessariamente sem fim. As palavras gregas aion e aionios expressam duração enquanto a natureza do objeto permite. Por exemplo, em Judas 7 registra que as cidades de Sodoma e Gomorra estão sofrendo o fogo do castigo eterno (aionios) Mas 2 Pedro 2:6 diz que elas foram reduzidas a cinzas, tanto que é facilmente verificável que tais cidades não estão mais queimando em chamas. Quando o objeto das palavras "eterno" ou "para sempre" é a vida dos remidos que recebem imortalidade, a palavra significa um tempo sem fim. Quando se refere ao castigo dos ímpios, que não recebem a imortalidade, a palavra tem o significado de um período limitado de tempo. (baseado na Lição da Escola Sabatina - Jan/Mar 2009 - Casa Publicadora) Para os adventistas do sétimo dia, o plano de Deus não é a destruição da humanidade, mas a salvação das pessoas gratuitamente por meio da fé (Efésios 2:8-9) no sacrifício do Seu Filho (João 3:16). O objetivo de Deus é restaurar a Terra em sua imagem edênica (Atos 3:21), criando um novo Céu, um novo Lar para Seus filhos queridos (Apocalipse 21 e 22), livre da dor e da morte (Isaías 25:8-9), com um ambiente perfeito e puro (Isaías 35), nesta terra renovada (Salmos 37:9 e 22; 78:69; Mateus 5:5; Apocalipse 5:11), onde os salvos habitarão para sempre (Isaías 66:22-23) nas moradas que Cristo foi preparar (João 14:1-3) ... O pecado não se levantará segunda vez (Naum 1:9) [editar]Catolicismo Para a corrente católica, conduzida pela Igreja Católica Apostólica Romana, o inferno é eterno e corresponde a um dos chamados novíssimos: a morte, o juízo final, o inferno e o paraíso. Baseando-se em textos bíblicos como quando Jesus disse que o homem que desprezar seu irmão “incorrerá os fogos da Gehenna” (Mt 5,22). Jesus também advertiu, “não temais os que matam o corpo mas não podem matar a alma. Antes, temei quem pode destruir tanto corpo como alma na Gehenna” (Mt 10,28). Jesus disse, “Se tua mão te faz cair, corta-a. Melhor você entrar na vida com uma só mãos que manter ambas as mãos e ir para a Gehenna com seu fogo inextinguível” (Mc 9,43). Usando a parábola do joio e do trigo para descrever o juízo final, Jesus disse, “os anjos lançarão [os pecadores] na fornalha inflamável onde prantearão e moerão os seus dentes (Mt 13,42). Também, quando Jesus fala sobre o juízo final onde a ovelha será separada dos lobos, Ele dirá ao pecador, “afastai-vos de mim, malditos, para o fogo perpétuo preparado para o demônio e seus anjos (Mt 25,41). No Livro da Revelação, é relatado que cada pessoa é julgada individualmente e os pecadores são lançados em uma “fosso de fogo, a segunda morte” (20,13-14). [editar]Protestantismo o inferno é o local destituído da presença de Deus, porém não lhe está oculto, sendo que no cumprir das profecias esse inferno será lançado no lago que arde com fogo e enxofre [Apocalipse 20:15]. A Bíblia ensina haver um abismo no qual estão presos vários seres demoníacos desde a rebelião de satanás [Apocalipse 9:1] esse abismo é diferente do local de tormento para onde irão àqueles que desobedecem a Deus e sua palavra, este é o local onde satanás ficará preso por mil anos [Apocalipse 20:2]. No relato de Jesus a respeito do Rico e Lázaro [Lucas 16:19-31], é possível compreender o local para onde iam os que morriam antes da vinda, morte e ressurreição de Jesus, no qual havia pouca distância entre o seio de Abraão e o local de tormento, isso muda pois Jesus levou cativo o cativeiro [efésios 4:8,9], Ele desceu às regiões inferiores e tem a chave da morte e do inferno [Apocalipse 1:18]. Ele morreu na carne mas estava vivo em espírito e durante os dias de sua morte ele pregou aos espíritos em prisão [1 Pedro 3:18-20], esses são os que morreram antes de alcançar, a remissão dos pecados pelo sangue de Cristo, são os espíritos daqueles que estavam mortos. Sim eles tinham consciência para entender a pregação de Jesus, mas porque Jesus iria pregar a eles? Para se cumprir a justiça de Deus a todos, pois ele não terá ninguém por inocente, mas ainda há uma porta de escape a graça de Deus enviada para a reconciliação do homem com Deus, JESUS. O local de tormento após a morte dos que vivem distante de Deus na prática do pecado e da desobediência, não é definitivo, do ponto de vista que ainda haverá uma ressurreição e serão jugadas todas as nações da terra [Apocalipse 20:12,13] e Deus dará a cada um segundo às suas obras. Isso indica que definitivamente o castigo eterno não será o mesmo para todos, mas segundo as suas obras e a intensão do coração, pois Deus examinará também os pensamentos ocultos e individuais. Para o protestantismo segundo a sua compreensão das escrituras ao morrer ninguém ainda estará no céu ou no inferno mas num lugar de descanso, ao lado de Cristo, ou num lugar de tormento, aguardando conscientemente o julgamento, esse julgamento não é para definir quem será salvo ou não, pois isso será definido em vida, mas para o recebimento das recompensas segundo as práticas boas ou más, isto é o galardão. [editar]Testemunhas de Jeová Para as Testemunhas de Jeová, o inferno de fogo como lugar literal de tortura das pessoas iníquas é rejeitado. Citam na Bíblia, os termos normalmente traduzidos por "inferno", Hades (Bíblia) [ou haídes, termo grego] e Seol [ou she'óhl, termo hebraico], significando "sepultura" ou "lugar dos mortos". Também no caso de Geena [ou géenna, termo grego] com a ideia de destruição e aniquilação eterna.(Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas). Citam Atos 2:27, onde Jesus desceu ao Inferno (Hades ou Seol) e foi ressuscitado . As Testemunhas de Jeová acreditam que após a ressurreição dos mortos, os pecados anteriores não lhes serão imputados [Romanos 6:7 "Pois aquele que morreu foi absolvido do [seu] pecado".(TNM) mas poderão recomeçar a vida escolhendo voluntariamente servir a Deus e alcançar assim a salvação. Mais informações: Alma, Morte e a Ressurreição [editar]Espiritismo O inferno, segundo a visão do Espiritismo, é um estado de consciência da pessoa que incorre em ações contrárias às estabelecidas pelas Leis morais, as quais estão esculpidas na consciência de cada pessoa. Uma vez tendo a criatura a sua consciência “ferida”, passa a viver em desajuste mais ou menos significativo de acordo com o grau de gravidade de suas ações infelizes, e se estampam através de desequilíbrios Espiritual, emocional, psicológico ou até mesmo orgânico. Esta situação lhe causa terríveis dissabores. Uma vez morta, se a criatura não evitou ações infelizes, buscando vivência saudável de acordo com as leis divinas, ela segue para o Plano Espiritual ou incorpóreo. Lá, junta-se a outros espíritos, que trazem conturbações conscienciais semelhantes. Afins, atraem afins. Os Planos Espirituais de sofrimentos são inumeráveis e, guardam níveis de sofrimentos diferenciados, cujos níveis são estabelecidos pelos tipos de degradação da consciência, resultantes das ações perpetradas por cada criatura. Portanto o Inferno na visão espírita, como região criada por Deus para sofrimento eterno da criatura e geograficamente constituído, não existe. Se um dia todas estas criaturas sofredoras na erraticidade regenerarem-se, estas regiões deixarão de existir. É como se todos os pacientes de um manicômio terrestre fossem curados; o hospital poderia ser demolido e ceder o seu espaço a um jardim, etc. Deus não imputa pena eterna a nenhum de seus filhos. Podem Sofrer, enquanto não despertarem para o Bem e se propuserem a trilhar o reto caminho. Um dia mais cedo ou mais tarde Ele, O Criador, na Sua Misericórdia e Amor, concederá à criatura sofredora retorno à carne para continuar o seu aprendizado e aperfeiçoamento. Estes conceitos são encontrados em O Livro dos Espíritos, editado em Abril de 1857 na sua quarta parte e, no livro O Céu E O Inferno editado em 1865. Ambas obras tendo como autor, Allan Kardec. [editar]Islamismo No Islã, o inferno é eterno, consistindo em sete portões pelos quais entram as várias categorias de condenados, sejam eles muçulmanos injustos ou não-muçulmanos. Como na crença judaica, para o islamismo o inferno também é um lugar de purificação das almas, onde aqueles que, se ao menos um dia de suas vidas acreditaram que Deus (Allah) é único, não Gerou e nem Foi gerado, terão suas almas levadas ao Paraíso um dia. Não raro, é comum a crença de que no Islã o castigo é eterno, por ter bases fundamentalistas de alguns praticantes, pelo fato de o Alcorão mencionar diversas vezes a palavra castigo e sofrimento no fogo do inferno. Porém é fato que o mesmo Texto deixa claro que existem condições para se pagar os pecados e sofrer as consequencias, como também existem meios de se alcançar o perdão para o não banimento ao inferno por meio de aplicações de condutas que condizem com os bons costumes e a maneira de enxergar Deus, a vida e a forma de como deverá cada ser conduzi-la, a ponto de pagarem seus pecados post mortem, ou alcançarem a graça do perdão Divino. [editar]Religiões orientais [editar]Budismo De certo modo, todo o samsara é um lugar de sofrimento para o budismo, visto que em qualquer reino do samsara existe sofrimento. Entretanto, em alguns reinos, o sofrimento é maior correspondendo à noção de inferno como lugar ou situação de maior sofrimento e menor oportunidade de alcançar a liberação do samsara. Por esse motivo, muitas vezes expressam-se esses mundos de sofrimento maior como infernos. Nenhum renascimento em um inferno é eterno, embora o tempo da mente nessas situações possa ser contado em eras. Contam-se dezoito formas de infernos, sendo oito quentes, oito frios e mais dois infernos que são, na verdade, duas subcategorias de infernos: os da vizinhança dos infernos quentes e o infernos efêmeros. Além desses dezoito que constituem o "Reino dos Infernos", pelo sofrimento, o "Reino dos Fantasmas Famintos" é comparável à noção de inferno, sendo constituído de estados de consciência de forte privação - como fome ou sede - sem que haja possibilidade de saciar essa privação. No budismo, o renascimento em um inferno é uma conseqüência das virtudes e não-virtudes praticadas, de acordo com a verdade relativa do karma. Entretanto, alguns poucos atos podem, por si, conduzir a um renascimento nos infernos, principalmente o ato de matar um Buda e o ato de matar o próprio pai ou a própria mãe. A meditação sobre os infernos deve gerar compaixão.