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segunda-feira, 1 de abril de 2013
Por que o impacto de um cometa em Marte pode ser incrível?
Quando a força gravitacional de Júpiter despedaçou o cometa Shoemaker-Levy 9, os astrônomos tiveram a oportunidade de presenciar um raro espetáculo cósmico. Era a primeira vez na história que a humanidade via um cometa travar uma batalha com um planeta… e perder.
E no próximo ano, os astrônomos terão uma nova chance, embora pequena, de ver um vizinho planetário sendo atingido por um gelado intruso interplanetário. No entanto, esse planeta não tem uma atmosfera espessa o suficiente para amenizar o golpe, o que certamente irá causar um grande estrago em sua superfície.
E o mais interessante, temos olhos robóticos e em órbita caso isso aconteça.
Estamos, é claro, falando de Marte. E o cometa? C/2013 A1 – um pedaço de gelo empoeirado descoberto esse ano pelo Observatório Siding Spring, na Austrália.
Atualmente, os astrônomos têm somente um curto período de observações para prever o caminho do cometa através do sistema solar interior, e eles sabem que a probabilidade de Marte ser atingido em 19 de outubro de 2014 é pequena, mas que se acontecer, proporcionará para os observadores da Terra e Marte (no caso, as sondas e satélites) um maravilhoso (e destrutivo) evento astronômico.
“Há uma chance pequena, mas não desprezível, que o Cometa 2013 A1 atacará Marte em outubro de 2014″, disse Don Yeomans, da NASA. ”Os cálculos atuais definem 1 impacto em 2000. “
Segundo a NASA, o cometa possui entre 1 e 3 km de largura e viaja a 56 km por segundo. Se atingir Marte, ela iria liberar tanta energia quanto 35 milhões de megatons de TNT. Isso causaria um impacto violento com efeitos globais, talvez até alterando o clima do planeta hoje seco e árido.
Adeus sondas?
Atualmente, temos três satélites em órbita de Marte – Mars Reconnaissance Orbiter, Odyssey e a Mars Express, além de duas sondas – a Opportunity e o Curiosity. Isso não seria uma má notícia para os robôs?
Salvo um golpe direto sobre a Cratera Gale ou sobre cratera Endeavour (casas do Curiosity e Opportunity, respectivamente), as duas sondas devem sobreviver ao impacto, com resultados diferentes.
O Opportunity é movido à energia solar, e um impacto levantaria muita poeira, bloqueando a passagem de raios solares na superfície do planeta. O Curiosity, no entanto, é movido à energia nuclear, e provavelmente poderá estudar de perto os efeitos do impacto.
A cratera que se formaria seria um importante objeto de estudo para futuras missões tripuladas ao Planeta Vermelho. Somente crateras antigas foram estudadas (não diretamente) pelos pesquisadores, e essa seria uma ótima oportunidade de compreender como um impacto cósmico pode alterar as características de um planeta. Sabe-se, por exemplo, que cometas podem trazer ingredientes fundamentais para a vida, além de água. [Discovery News]
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