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segunda-feira, 25 de março de 2013

Via Lactea no Universo


Se olhar para o céu numa noite limpa e escura, longe da poluição luminosa, verá uma ténue banda de luz a atravessar os céus. Esta é a Via Láctea, lar do nosso Sistema Solar. Aqui existem pelo menos outras 200 mil milhões de estrelas (estimativas mais recentes proporcionam um número que rondam as 400 mil milhões) e seus planetas, milhares de enxames e nebulosas, incluindo pelo menos quase todos os objectos do catálogo de Messier que não são galáxias (poder-se-á considerar dois enxames globulares como possíveis excepções, pois estão a ser, ou foram recentemente, incorporadas ou importadas para a nossa Galáxia, oriundos de galáxias anãs que estão actualmente a passar pela nossa Via Láctea: M54, da galáxia elíptica anã do Sagitário, e possivelmente M79 da anã de Cão Maior. Todos os objectos da Via Láctea orbitam um centro de massa comum, chamado Centro Galáctico. A idade da Via Láctea está calculada entre treze e vinte biliões de anos, embora alguns autores afirmem estar na faixa de catorze biliões de anos. Como uma galáxia, a Via Láctea é gigante, pois a sua massa situa-se provavelmente entre os 750 mil milhões e 1 bilião de massas solares, e o seu diâmetro é de cerca de 100,000 anos-luz.
·        A Via Láctea contém nuvens de poeira e gás; planetas; aglomerados estelares; e estrelas, todos com seus próprios padrões característicos. Por exemplo, as estrelas jovens e os aglomerados estelares abertos estão situados perto do plano (superfície achatada imaginária) médio da galáxia. O halo tem uma forma esférica e é constituída por partículas ultra excitadas a alta temperatura, anãs vermelhas, anãs brancas e por aglomerados globulares, que estão em órbita em torno do centro de massa galáctico. As estrelas que formam os aglomerados globulares (de forma esférica) são as mais antigas da galáxia. Por ser o componente menos conhecido da Via Láctea, supõe-se que sua estrutura seja gigantesca. O Halo envolve toda a estrutura visível da galáxia. A sua existência é demonstrada pelos efeitos provocados na curva de rotação externa da galáxia. É sabido, porém, que o halo se estende para além de cem mil anos-luz do centro galáctico. A sua massa gira entre cinco ou dez vezes maior do que a massa restante da galáxia. A sua forma, seus componentes e seus limites no espaço intergaláctico são desconhecidos até o início do século XXI, e muitas das afirmações acerca do halo são especulações científicas.
·        O núcleo está localizado no centro do sistema, tem a forma de uma esfera achatada e é igualmente constituído por estrelas, mas de idade mais avançada (chamada de população 2) apresentando por isso, uma cor mais avermelhada do que o disco. Tem um diâmetro calculado em cerca de 100.000 anos-luz e uma altura de 30.000 anos-luz, sendo uma fonte de intensa radiação electromagnética, provavelmente devido à existência de um buraco-negro no seu centro. Este é envolto por um disco de gás a alta temperatura e por partículas de poeira interestelar que ocultam-no, absorvendo a luz visível e a radiação ultravioleta. Porém, na faixa de radiofreqüência é detectável com certa facilidade. O buraco negro central recebeu o nome de Sagittarius A, sua massa foi estimada em aproximadamente quatro milhões de vezes a massa do Sol. Em torno do buraco negro Sagitarius A parece haver indicação da presença de nuvens de gás em rápido movimento e ionizadas. Esta é devida a fortes emissões de raios X e radiação infravermelha provenientes núcleo galáctico.
·        A gravidade mantém a Via Láctea unida, e todas as suas estrelas giram em torno do centro, contudo, nem todas as estrelas se deslocam à mesma velocidade. A Via Láctea descreve como um todo um movimento de rotação. Os seus componentes não se deslocam à mesma velocidade. As estrelas que estão a uma distância maior do centro, movem-se a velocidades mais baixas do que a mais próximas. O Sol descreve uma órbita que pode ser considerada circular. A sua velocidade relativa ao Universo, gira em torno de 225km/s, seu período de revolução é de aproximadamente de 200 milhões de anos.
·        A observação e o estudo da Via Láctea são dificultados pelo facto de o plano galáctico estar obscurecido por nuvens de poeira e gás (atómico - H e molecular - HII) que absorvem a luz visível. Assim, muito do que sabemos da estrutura geral da nossa galáxia é inferido a partir da observação de outras galáxias e por observação através de observatórios capazes de medições em comprimentos de onda não bloqueados pelas poeiras (nomeadamente infravermelho, Raios X e SHF, principalmente).
·        Até 1953 não se conhecia a existência de braços espirais na Via Láctea. A visualização da estrutura espiral era ocultada pela poeira interestelar e dificultada por ser efectuada do interior da própria galáxia. As estrelas estão concentradas em cinco braços que formam espirais opticamente identificáveis: Perseu, Órion, Sagitário, Norma e Braço 3kpc.Desta forma, a Via-Láctea é classificada como sendo uma galáxia espiral e seus braços estão em movimento rotatório em torno do núcleo à semelhança de um grande cata-vento. É nesta região galáctica, o braço de Órion, que está localizado o nosso sistema solar. O Sol efetua uma rotação completa a cada 200 Milhões de anos e está localizado a cerca de 27.000 anos-luz do centro galáctico.
·        A Via Láctea está inserida no chamado Grupo Local de galáxias que é constituído por cerca de trinta outras galáxias. As principais são a Via Láctea (a mais massiva) e a galáxia de Andrómeda (a de maior dimensão) separadas entre si em cerca de 2.600.000 de anos-luz. Estas duas galáxias espirais gigantes estão em órbita de um centro de massa comum. As restantes galáxias do Grupo Local são de pequenas dimensões e forma irregular sendo que algumas são satélites quer da nossa galáxia (como as famosas nuvens de Magalhães) quer da de Andrómeda.
·        O Sistema Solar está situado dentro de um braço espiral mais pequeno, chamado Braço Local ou Braço de Orionte, que é uma mera ligação entre os braços mais massivos interior e exterior, o Braço de Sagitário e o Braço de Perseu.
·        Semelhantes a outras galáxias, ocorrem supernovas na Via Láctea em intervalos irregulares de tempo. Se não se encontrarem demasiadamente obscurecidas pela matéria interestelar, podem ser e têm sido observadas como eventos espectaculares a partir da Terra. Infelizmente, nenhuma ocorreu desde a invenção do telescópio (a última supernova observada na nossa Via Láctea foi estudada por Johannes Kepler em 1604).

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