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quinta-feira, 21 de março de 2013

Os grandes telescópios da humanidade

Entrou em operação na última sexta-feira o maior telescópio óptico do mundo. O Grande Telescópio das Canárias, instalado na ilha La Palma, que é parte das Ilhas Canárias, tem um espelho de 10,4 metros de diâmetro, o que o tornará capaz de observar galáxias extremamente distantes, nascidas quando o universo ainda estava nascendo. Maior telescópio do mundo Até agora, o título de maior telescópio do mundo pertencia aos telescópios gêmeos Keck, instalados em Mauna Kea, no Havaí, que possuem espelhos de 10 metros de diâmetro. Os telescópios Hobby-Eberly, nos Estados Unidos e SALT, na África do Sul, têm espelhos maiores, mas a arquitetura dos dois permite um aproveitamento útil apenas de um círculo de imagem de 9,2 metros de diâmetro. Óptica adaptativa O Telescópio das Canárias, por sua vez, utiliza uma arquitetura de óptica adaptativa, na qual espelhos capazes de alterar sua própria forma compensam a distorção da luz causada pela atmosfera da Terra. A operação inicial, que começou na última sexta-feira, vai envolver o ajuste final dos equipamentos. As observações científicas propriamente ditas deverão começar dentro de um ano. Uma Nova História do Tempo - Inovação - A Arte de Steve Jobs Escrever Melhor - Guia Para Passar os Textos a Limpo Espaço Telescópio espacial Planck dá seus últimos suspiros Redação do Site Inovação Tecnológica - 19/01/2012 Continuam a existir muitas ideias contraditórias acerca do que aconteceu durante o Big Bang, e os cientistas esperam que os dados do Planck possam dizer quais dessas ideias estão corretas.[Imagem: ESA - C. Carreau] Esquentou O telescópio espacial Planck, lançado para tentar desvendar o Universo primordial e descobrir o Universo do futuro, está dando seus últimos suspiros. Como era previsto, esgotou-se o hélio líquido que mantinha um dos sensores do telescópio - chamado Instrumento de Alta Frequência (HFI) - nas temperaturas criogênicas necessárias para que ele pudesse captar a tênue radiação que os cientistas acreditam ser o resquício do Big Bang. "Foi uma missão incrível; a nave e os instrumentos tiveram desempenhos extraordinários, recolhendo dados científicos preciosos, sobre os quais agora vamos trabalhar," disse Jan Tauber, cientista da ESA. Radiação de fundo de micro-ondas Menos de meio milhão de anos depois da criação do Universo pelo Big Bang, há 13,7 bilhões de anos, a bola de fogo arrefeceu para temperaturas de cerca de quatro mil graus centígrados, enchendo o céu com uma luz brilhante, na faixa do espectro visível. À medida que o Universo se foi expandindo, a luz foi enfraquecendo, movendo-se para comprimentos de onda na frequência das micro-ondas. Estudando os padrões impressos nesta luz hoje - a chamada radiação de fundo de micro-ondas -, os cientistas esperam compreender o Big Bang e o Universo jovem, ainda antes das estrelas e galáxias terem-se formado. O Planck está medindo estes padrões, analisando o céu inteiro com o seu Instrumento de Alta Frequência (HFI) e o seu Instrumento de Baixa Frequência (LFI). Os dois em conjunto permitem que o Planck faça uma cobertura sem paralelo em termos de comprimento de onda e capacidade de determinar os pormenores mais tênues. Acabou o hélio líquido que resfriava o Instrumento de Alta Frequência (HFI) do telescópio Planck, inviabilizando seu funcionamento. [Imagem: ESA/AOES Medialab] Varrendo o céu Lançado em Maio de 2009, os requisitos mínimos para o sucesso da missão eram que a nave completasse duas varreduras completas do céu. O Planck acabou por superar as expectativas, funcionando ao longo de 30 meses, cerca de duas vezes mais do que o esperado, tempo suficiente para completar cinco estudos completos do céu, com os dois instrumentos. "Isto nos permite ter dados ainda melhores do que aqueles com que contávamos," disse Jean-Loup Puget, da Universidade Paris Sul. Com capacidade de trabalhar a temperaturas ligeiramente mais elevadas do que o HFI, o LFI continuará a analisar o céu durante boa parte de 2012, fornecendo dados de calibração para melhorar a qualidade dos resultados finais. Resultados preliminares Os resultados preliminares do Planck foram anunciados no ano passado. Os dados divulgados incluem um catálogo de aglomerados de galáxias no Universo longínquo, muitas das quais nunca tinham sido vistas, e também alguns superaglomerados - provavelmente aglomerados que se fundiram. Planck: drama cósmico desenrola-se em três atos Merece destaque também, dentre os resultados preliminares, a melhor medição já feita em todo o céu da radiação infravermelha de fundo, produzida pelas estrelas em formação no Universo jovem. Estes dados mostraram de que forma algumas das primeiras galáxias produziam mil vezes mais estrelas do que a nossa própria galáxia produz hoje em dia. Futuro do Universo pode estar influenciando o presente No próximo mês serão anunciados mais resultados, mas os primeiros resultados sobre o Big Bang e o Universo primitivo só estarão disponíveis em 2013. Os dados do Big Bang serão liberados em duas fases: os primeiros 15 meses e meio da missão no início de 2013; os dados completos, um ano depois disso. Os dados coletados pelo Planck precisam ser "limpos", uma análise pormenorizada e trabalhosa dos dados para a remoção de todas as emissões que sejam ruído, de forma a sobrar apenas a tênue emissão primordial. Há uma grande expectativa em torno destes resultados, apesar de já terem existido duas missões espaciais para mapear esta radiação. Continuam a existir muitas ideias contraditórias acerca do que aconteceu durante o Big Bang. Já estamos prontos para descartar a teoria do Big Bang? "Os dados do Planck irão eliminar uma família inteira de modelos; só não sabemos qual," disse o Professor Puget. "Na realidade, estamos apenas a meio caminho nesta missão: há ainda muito a fazer, na análise dos dados, que resultarão em importantes resultados científicos pelos quais todos estão ansiosamente esperando," disse Alvaro Giménez, diretor de ciência e exploração robótica da ESA. TELESCÓPIO HUBBLE, OS OLHOS DA HUMANIDADE Imaginado nos anos 40, projetado e construído nos anos 70 e 80 e em funcionamento desde 1990, o Telescópio Espacial Hubble foi batizado em homenagem a Edwin Powell Hubble, que revolucionou a Astronomia ao constatar que o Universo estava se expandindo. Pela primeira vez era possível ver mais longe do que as estrelas da nossa própria galáxia e estudar estruturas do universo até então desconhecidas ou pouco observadas. O Hubble, de uma forma geral, deu à civilização humana uma nova visão do universo e um salto equivalente ao dado pela luneta de Galileu Galilei no século XVII. A história do Telescópio Espacial Hubble remonta ao ano de 1946, quando o astrônomo Lyman Spitzer escreveu um documento intitulado Vantagens astronômicas de um observatório extraterrestre. Aí discorriam as duas grandes vantagens oferecidas por um observatório espacial relativamente aos telescópios terrestres: primeiro, a resolução óptica (distância mínima de separação entre objetos na qual eles permaneçam claramente distintos) estaria limitada apenas por difração, em oposição aos efeitos da turbulência da atmosfera que provocam o cintilamento das estrelas, conhecido entre astrônomos como visão. A segunda maior vantagem seria a possibilidade de observar luz infravermelha e ultravioleta, cuja grande parte é absorvida pela atmosfera. Em 1970 a NASA estabeleceu dois comitês, um para planejar os aspectos de engenharia do projeto, e o outro para estabelecer metas científicas para a missão. Uma vez estabelecidos esses comitês, o desafio seguinte da NASA seria obter financiamento para a construção deste instrumento que seria, de longe, muito mais caro que qualquer outro telescópio terrestre. O Congresso americano questionou muitos aspectos do orçamento proposto para o telescópio e impôs cortes orçamentais nas fases de planejamento que, na altura, consistiam em estudos muito detalhados sobre quais instrumentos e hardware deveriam ser incluídos no telescópio. Em 1974, cortes no setor público instigados por Gerald Ford forçariam o Congresso a cortar todo o financiamento para o projeto. Assim que foi dada luz verde ao projeto, os trabalhos da fase de construção foram divididos por diversas instituições. O Marshall Space Flight Center ficou responsável pelo controle geral dos instrumentos científicos e como centro de controle terrestre durante a missão. O centro Marshall incumbiu a Perkin-Elmer, uma companhia do ramo da óptica, de conceber o mecanismo de montagem do telescópio (Optical Telescope Assembly - OTA) e os sensores de navegação (Fine Guidante Sensors) para o telescópio espacial. A Lockheed ficou responsável pela construção da nave espacial em que o telescópio ficaria alojado. Após sua montagem no espaço, em 1990 as estações em terra passaram a captar as imagens transmitidas ligeiramente embaçadas, e durante algum tempo pensou-se que se tratava de um limite de nitidez compatível com o pequeno diâmetro do espelho principal 2,40 m. Essas aberrações focais encontradas eram comuns também nos telescópios terrestres, fato que animou os engenheiros que acreditavam ter resolvido um problema secular com o mecanismo de autofocalização adaptado nas lentes dos observatórios terrestres. A "potência" de um telescópio está na quantidade de luz que ele pode receber instantaneamente de um objeto. Quanto maior o diâmetro de um telescópio, maior a sua "potência". O Hubble é um telescópio refletor (seu elemento óptico principal é um espelho) com 2,40 metros de diâmetro. Se fosse um telescópio de solo ele seria considerado de porte médio. (Os 2 maiores telescópios do mundo estão no observatório de Mauna Kea no Havaí e têm 10 metros de diâmetro cada. Existem 28 telescópios maiores que o Hubble, espalhados pelo mundo, em funcionamento.) Mais que um telescópio, o Hubble é um verdadeiro observatório espacial, contendo instrumentação necessária a vários tipos de observação. (Contém 3 câmeras, 1 detector astrométrico e 2 espectrógrafos). Além de fotografar os objetos e medir com grande precisão suas posições, o Hubble é capaz de "dissecar" em detalhes a luz que vem deles. O Hubble está em uma órbita baixa, a 600 km da superfície da Terra e gasta apenas 95 minutos para dar uma volta completa em torno de nosso planeta. A energia necessária para o seu funcionamento é coletada por 2 painéis solares de 2,4 x 12,1 metros cada. A sua massa é de 11.600 kg. Algumas imagens feitas pelo Hubble

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