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sábado, 30 de março de 2013

A ciência em Dragon Ball o melhor anime do mundo


Depois de ler o artigo The Science of Dragon Ball do nosso amigo Derek Padula, finalmente animei para escrever sobre este tema tão interessante e que sempre tive vontade de falar: a ciência no universo de Dragon Ball.
Tal quanto a filosofia, a religião, a magia e as artes marciais mostradas na série, Dragon Ball nos fascina quando nos mostra um mundo digno de ficção científica. Toriyama cria tecnologias e mostra um universo que muitas vezes podemos comparar ao mostrado em clássicos como Star Wars e Star Trek. Das invenções mais conhecidas como o Radar do DragãoScouter e as cápsulas Hoi-Poi aos Mechas de batalha, veículos flutuadores e por aí vai.
E como todo objeto apresentado como ‘ficção científica’, nós tentamos aproximar as tecnologias mostradas na série às que já existem ou estão bem próximas àquelas criadas por Toriyama. Nosso amigo Derek, em seu artigo, fez perguntas ‘filosofo-científicas’ acerca das tecnologias, suas implicações e seus funcionamentos, perguntas interessantes em que mostrarei minha opinião e convido-os a fazer o mesmo. Selecionamos algumas de suas perguntas para responder:
1) O que é Ki? O que é o Scouter? Ele existe na vida real e pode o Ki ser quantificado?
2) Como funciona a tecnologia das cápsulas Hoi-Poi?
3) De que material é feito a armadura dos saiyajins? Existe algum equipamento real equivalente?
4) Qual a relação entre mente e matéria?
5) Humanos artificiais (Androides, Robôs, Cell e Ciborgues – como Mecha Freeza e Tao Pai Pai) são uma possibilidade, cientificamente?
6) Câmaras de gravidade existem e poderiam humanos sobreviver treinando nelas?
7) O que é superior, ciência ou espírito?
8) É possível que alienígenas existam, e se sim, eles teriam a forma humanóide?
9) Serão viagens espaciais através de naves como a dos saiyajins possíveis?
10) Viagem no tempo é possível, e quais as consequências disso?
11) O que é a Big Ghetti Star? Um robô ou um organismo vivo?
Perguntas bem interessantes não!? Vamos tentar respondê-las agora! Posteriormente abriremos uma categoria para falar das tecnologias específicas da série, com o apoio do Daizenshuu 4 – World Guide, que tem uma incrível seção que mostra vários itens tecnológicos mostrados no mangá e ainda apresenta uma seção de itens divididos em Ciência x Sobrenatural.
Agora, respondendo as perguntas:
1) O que é Ki? O que é o Scouter? Ele existe na vida real e pode o Ki ser quantificado?
Sobre o Ki:
Existem várias concepções filosóficas sobre o ki (ou ‘qi‘ ou ‘chi‘), que são encontradas desde o início da história registrada do pensamento chinês e apesar de ser um conceito muito importante em diversas filosofias orientais, sua descrição é variada e possui aspectos conflitantes, o que é natural, considerando-se os milhares de anos e os diversos países e grupos sociais que participaram da elaboração deste conceito.
Referências ao qi ou conceitos filosóficos semelhantes relativos a um tipo de energia metafísica que permeia e sustenta os seres vivos são encontradas em vários sistemas de crenças, presentes em culturas de todo o mundo, especialmente na Ásia, como, por exemplo, a ideia de chakra dos hindus e budistas, como umaenergia vital vibrante dentro das pessoas.
Uma questão que gera discussões de visões acerca do qi é se ele existe como uma força separada da matéria ou se surge a partir da matéria ou esta surge a partir do qi. Outros têm visões diferentes, acreditando que o qi emerge das propriedades da matéria.
Sobre os scouters:
Scouter é um dispositivo utilizado para localizar e medir numericamente a quantidade de poder de luta de um indivíduo, também tendo como utilidade comunicadores, uma espécie de walkie-talkie de longo alcance. O princípio de funcionamento deles é curioso, uma vez que a energia que mede trata-se do ki (ou o que chamam na série de sentou-ryoku, poder de luta), de forma que os scouters provavelmente fossem construídos para medir a vibração dessa energia (chakra) nos indivíduos. Quanto maior a vibração, maior a leitura.
Scouters na vida real:
Não temos ainda nenhuma tecnologia como o scouter, capaz de medir a energia vital das pessoas, mas já existem algumas tecnologias no mercado que se aproximam muito deste equipamento que nos foi apresentado na saga dos saiyajins. A novidade mais conhecida é o  Google Glasses, o óculos que supostamente permitirá acesso a mapas, previsão de tempo, redes sociais, etc.



Disso à descoberta de como medir e quantificar o ki das pessoas é um pulo. Aparelhos de visão infra-vermelha já fazem medições da energia do corpo liberada na forma de calor; disso à mudança para energia vibrante do corpo estamos bem próximos! Complementarmente, para esta pergunta, leiam este post aqui sobre Poder de Luta. 2) Como funciona a tecnologia das cápsulas Hoi-Poi? Como disse anteriormente, não entraremos muito em detalhes sobre tecnologias porque pretendemos abordar cada uma separadamente de maneira mais profunda, portanto seremos mais breves nesta divagação das respostas à essas perguntas filosóficas do nosso amigo Derek Padula, ainda mais em uma das tecnologias mais formidáveis e que tenho a teoria mais louca do mundo! Minha visão sobre as cápsulas Hoi-Poi é um pouco mais “técnica”, dada à tentativa de aprofundamento e busca de uma relação dela com o mundo real. Depois de brincar de cientista pesquisador e conversar com professores da área, algumas “sub-áreas” do conhecimento seriam necessárias para se explicar o funcionamento das cápsulas criadas pelo Dr. Briefs: Física Quântica e Mecânica Estatística e de maneira mais simples, a Termodinâmica. Basicamente, sem aprofundarmos muito, usamos os princípios e conceitos básicos da Termodinâmica, como os apresentados por Lorde Kelvin, e sua escala de temperatura absoluta, em que Zero Kelvin/absoluto (ou -273,15 °C) é a menor temperatura possível de se atingir e é uma temperatura no qual o corpo não conteria energia alguma. Conforme gráficos, Kelvin traçou a curva do volume de um corpo em função de sua temperatura (V x T), de modo que quando a temperatura tende ao zero absoluto, o volume do corpo também tende a zero, ou seja, o corpo deixa de ocupar algum volume no espaço. Seguindo esta ideia nada convencional, agora fica “fácil” imaginar como seria possível guardar carros, motos, aeronaves e até mesmo casas dentro de cápsulas. O “quê” da questão aqui é que atingir o zero absoluto teoricamente é impossível, e para esta teoria ser válida, o genial Dr. Briefs teria que ter quebrado leis e postulados propostos por Kelvin, uma vez que neste processo das cápsulas Hoi-Poi o rendimento deveria ser de 100%, o que é impossível fisicamente. Faremos um post detalhado posteriormente explicando melhor e apresentando fatos que suportam esta ideia e o que é mais interessante é que quando Toriyama desenvolvia a ideia das cápsulas, ele parecia saber desta teoria de Kelvin. Aguardem!! 3) De que material é feito a armadura dos saiyajins? Existe algum equipamento real equivalente? Quando somos apresentados às armaduras dos saiyajins conhecemos muito pouco acerca de suas propriedades. Como seria possível que existisse algum equipamento que fosse resistente o suficiente para proteger o usuário de diferentes ataques mas que tivesse elasticidade que permitisse esticar e ficar do tamanho que também servisse em um saiyajin em seu estado Oozaru? E aparentemente a produção da série percebeu a necessidade de explicar sobre as armaduras (que descobrimos não ser unicamente dos saiyajins, mas de todos os membros do exército de Freeza). Vegeta explica sobre que são tanto resistentes a choques mecânicos quanto são elásticas, possibilitando, como no caso para os saiyajins, de a armadura se esticar para continuar servindo neles. Agora a pergunta, existe material equivalente no mundo real? A resposta: sim! Existem pesquisas para desenvolvimento de um equipamento chamado de ‘armadura líquida‘, sendo tanto flexível quanto leve, surgindo da mistura de um líquido com materiais já usados em armaduras. Os dois modelos de armadura líquida, ainda em desenvolvimento, utilizam o Kevlar como base, material super resistente normalmente usado em colete à prova de balas (material da armadura do Batman também!). O Kevlar, entretanto, não se move ou dobra da mesma forma que as roupas normais o fazem e a quantidade de camadas deste material para parar uma bala é bem grande, o que faz a roupa de Kevlar ser bem pesada e é aí que surgem fluidos diferentes que podem permitir que a armadura use menos camadas de Kevlar, permitindo maior leveza e flexibilidade. Existem dois fluidos usados na armadura líquida: o fluido de espessamento e o fluido magnetoreológico. O primeiro desses se comporta como um material sólido quando há estresse mecânico (impacto, por exemplo), ou seja, ele se comporta como um líquido até que um objeto o atinja ou o deixe agitado, endurecendo em questão de milésimos de segundo. Explicando de maneira mais detalhada, o fluido que compõe a armadura é um colóide feito de partículas minúsculas que ficam suspensas em um líquido. Estas partículas naturalmente se repelem e por causa disso ficam suspensas no líquido sem se empedrarem, mas quando ocorre um impacto, sua energia aumenta a força de repulsão entre essas partículas, forçando-as a se unir, formando massas chamadas hidro-grupo. Quando a energia do impacto se dissipa, as partículas voltam a se repelir e esses hidro-grupos se desfazem e o material aparentemente sólido volta a ser líquido. O outro fluido usado em armaduras líquidas é o magnetoreológico, que também pode reforçar a armadura de Kevlar. Os fluidos magnetoreológicos são óleos com várias partículas de ferro suspensas que, com a combinação certa de densidade, forma da partícula e força do campo magnético, pode mudar o fluido de líquido para um material sólido. Como é inviável, devido ao peso, colocar imãs na armadura, pesquisadores propuseram criar pequenos circuitos por toda a armadura, de forma que quando não passa corrente pelo circuito, não há campo magnético e a armadura permanece macia e flexível, mas quando passa corrente elétrica, cria-se um campo magnético que faz a armadura ficar dura e resistente imediatamente. Cortando-se a corrente, a armadura volta a ser flexível. Pesquisas sobre armaduras corporais com base no fluido de espessamento estão sendo feitas em laboratórios do exército dos Estados Unidos e na Universidade de Delaware, enquanto pesquisadores do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) estão examinando o fluido magnetoreológico para ser usado em armaduras corporais. Obviamente, acredito que não será desenvolvido algo que apresente tanta elasticidade e resistência quanto as armaduras dos saiyajins, mas trazendo para o mundo real, estas armaduras líquidas são bem próximas em questão da relação resistência x elasticidade, não?! _ Para mais informações sobre armaduras líquidas, clique aqui. 4) Qual a relação entre mente e matéria? Esta pergunta é bem filosófica! Utilizaremos a visão budista (uma vez que Dragon Ball tem uma forte bagagem desta) para tentar respondê-la. Segundo a visão budista, a vida é uma combinação entre a mente e a matéria (que eles chamam de nama-rupa). A mente é a combinação de sensações, percepções, atividades volitivas e consciência, enquanto a matéria é a combinação da solidez, fluidez, movimento e calor. A vida é a coexistência da mente e matéria; a decadência é a falta de coordenação entre mente e matéria; a morte é a separação da mente e matéria e o renascimento é a recombinação da mente e matéria. A relação da mente com a matéria é como a relação de uma bateria com o motor de um carro: a bateria ajuda a iniciar o motor e o motor ajuda a carregar a bateria. Esta combinação faz o carro se movimentar. De maneira análoga, a matéria ajuda a mente a funcionar e a mente ajuda a colocar a matéria em movimento. Como relacionamos esta filosofia à Dragon Ball? Basta vermos a mudança de visão nos treinamentos quando Goku conhece Kami-sama e Mr. Popo. Nosso herói aprende a diferença entre ‘não pensar em nada’ e ‘esvaziar a mente’, parando de desperdiçar energia com movimentos inúteis, “tão calmo como o céu e tão rápido como um relâmpago”. Vemos a relação desequilibrada entre mente e matéria de Goku quando ele luta contra o boneco criado por Mr. Popo do próprio Goku. Ambos possuíam a mesma força, a mesma velocidade e mesmas técnicas, mas o boneco ser muito superior à Goku. O que o fazia parecer superior era sua mente, que diferente da destreinada de Goku, conseguia usar 100% de sua capacidade. Esconda seu ki. Sinta as coisas. Concentre-se. Tudo isso é vital. Se você não tiver sucesso no treino de sua mente, você irá perder para o boneco. E é somente quando Goku escuta as lições de Mr. Popo e concentra sua mente e a alia ao seu corpo é que consegue derrotar seu adversário, mostrando-nos, pela primeira vez na série, esta visão budista da relação mente-matéria. Mais tarde também podemos ver treinamentos de meditação como o de Piccolo, Goku e até mesmo do demônio Dábura, com o intuito de treinar a mente para fortalecer esta relação entre mente-matéria, possibilitando maior aproveitamento durante as batalhas. Para saber mais sobre o budismo, clique aqui. 5) Humanos artificiais (Androides, Robôs, Cell e Ciborgues – como Mecha Freeza e Tao Pai Pai) são uma possibilidade, cientificamente? Primeiramente, antes de responder a pergunta, vamos diferenciar robôs, ciborgues e androides: Robô: É um dispositivo, ou grupo de dispositivos, eletromecânicos ou biomecânicos capazes de realizar trabalhos de maneira autônoma, pré-programada ou por meio de controle humano. Em Dragon Ball temos vários representantes deste grupo; os mais conhecidos são o robô do porto dos piratas, o ‘Sr. Robô’ (que Gohan conheceu nos episódios filler em seu treinamento de sobrevivência com Piccolo) e claro, o adorado ou não Giru! Androide: É um robô na forma humana. Como representantes deste grupo, temos todos os androides conhecidos criados pelo Dr. Gero, exceto #17, #18, #20 (que é o próprio Dr. Gero transformado em ciborgue) e Cell que, na verdade, são chamados de androides mas pela definição não o são. Ciborgue: É um organismo cibernético (não diga!), isto é, um organismo formado por partes orgânicas e mecânicas ou eletrônicas, tratando-se não somente de um superbraço de titânio (Eu, robô?!), mas também próteses de qualquer tipo, como marca-passo, aparelhos para audição e qualquer tipo de implante que vise melhorar ou funcionar como um órgão biológico. Como ciborgue, temos Tao Pai Pai, Freeza, #17, #18 e #20, que diferentemente dos demais androides anteriores do Dr. Gero, foram feitos a partir de pessoas (orgânico), e mesmo que a substituição de matéria orgânica por mecânica/eletrônica tenha sido alta, eles continuam fazendo parte do grupo dos ciborgues. Agora que sabemos o que é exatamente robô, androide e ciborgue, respondemos a pergunta. É possível isso cientificamente? Sim! Hoje pode ainda não ser no nível da série, obviamente, mas os primeiros passos já foram dados rumo à humanos artificiais, especialmente pela área médica, com substituição de órgãos naturais por artificiais, desenvolvimento de próteses, etc. Falando cientificamente, humanos artificiais como Mecha Freeza e Tao Pai Pai já existem (de forma mais limita, claro) e são os mais tangíveis de se alcançar do que androides ou robôs com inteligência artificial no nível apresentado em Dragon Ball. Já existem inúmeras pesquisas na área médica com equipamentos substitutos de órgãos e até mesmo no Brasil já estamos presenciando o desenvolvimento de órgãos artificiais. E não precisamos ir tão longe à ponto de órgãos artificiais. Próteses de perna por exemplo, que somente pela construção mecânica, já permitem atingir velocidades de corrida muito superiores àquelas alcançadas por atletas profissionais e isso sem nenhuma ‘intervenção inteligente’. E por falar em inteligência, passamos para a questão de robôs e androides. Em questão de tecnologia, a Honda é a melhor para nos mostrar o quão próximos estamos de ver um androide como nos filmes e em Dragon Ball. Seu robô humanoide Asimo já consegue imitar dezenas de movimentos humanos e interpretar frases e respondê-las. Um outro robô (esse é muito doido!) que já nos mostra o avanço das tecnologias a ponto de sua inteligência conseguir equilibrá-lo após um empurrão, é o BigDog, o mais avançado robô quadrupede existente: A questão da inteligência artificial, ao meu ver, é o que ainda mais limita os cientistas a produzirem robôs e androides superiores. A questão é que no caso é muito, mas muito difícil reproduzir a inteligência humana e seu aprendizado em uma máquina (tornando-a, pela definição, inteligente). São muitas variáveis a serem avaliadas e a gama de ações que os seres humanos executam exigem milhares de cálculos para poder reproduzir alguns poucos movimentos comuns à nós. Ensinar tais movimentos a um robô como o Asimo é algo muito trabalhoso e caro. Ainda! Acredito que também deva falar sobre os mechas de batalha, aproveitando o tema da pergunta apresentada. Destes temos vários exemplos, como o gigante robótico utilizado pelo Conselheiro Black e pela turma de Pilaf em suas batalhas contra Goku. Fica difícil não comparar isso aos recentes mechas de batalha de filmes de ficção científica e até mesmo às armaduras mostradas no filme Homem de Ferro. Assim como robôs super modernos como os que apresentamos, um mecha teria que ter todas suas ‘qualidades’ e ainda por cima não seria autônomo, devendo ser controlado por um ser humano. Dificuldade número 1. Pode-se dizer que não ser autônomo já facilita muito, mas o mecha teria de ter da mesma forma sistemas de inteligência para comando de voz, por exemplo. A dificuldade 2, se conseguisse fazer um Asimo gigante para um humano controlar, seria sua fonte de energia, algo que é bem mostrado no Homem de Ferro – a energia que um equipamento desses gasta é altíssima, e no mundo fictício da história, somente o ‘reator ark‘ criado por Tony Stark consegue alimentá-lo. Trazendo para o mundo real, quantos motores e quantas baterias seriam necessárias para alimentar um mecha da dimensão que vemos em Dragon Ball? Muitos, de forma que inviabilizaria o projeto, pelo menos até alguém inventar um reator ark de verdade! 6) Câmaras de gravidade existem e poderiam humanos sobreviver treinando nelas? Câmaras de gravidade não existem.. infelizmente! O que não significa que não poderia ser criado um treinamento similar àquele oferecido pela NASA em ambientes ‘anti-gravidade’, que são, na verdade, ambientes controlados soltos em queda livre (elevador ou avião, por exemplo), simulando um ambiente sem gravidade. De maneira análoga, imagino que poderia utilizar-se um elevador subindo acelerado por um longo período de tempo (ou seja, precisaríamos de uma super torre de elevador!) para simular uma câmara de gravidade aumentada. O porém aqui seria a aceleração resultante máxima que um humano poderia suportar. Em questão numérica, o corpo humano aguenta no máximo uma gravidade de aproximadamente 80 m/s², ou seja, uma aceleração oito vezes maior que a da gravidade terrestre. Em Dragon Ball os valores de gravidade extrapolam isso: no planeta do Sr. Kaio já temos uma gravidade dez vezes superior à da Terra e a nave em que Goku viaja para Namekusei atinge até 100G de gravidade artificial, valor que conforme Dr. Briefs informa, poderia ser fatal a Goku. E mais tarde vemos Vegeta treinando em uma câmara com uma absurda gravidade artificial de 450G! A questão de se habilitar a um ambiente com gravidade diferente é que não altera somente o peso da pessoa, a pressão dos fluidos corporais também aumenta, até chegar a um ponto que eles se rompem e o corpo explode! 7) O que é superior, ciência ou espírito? Outra pergunta bem difícil de se responder! O pretendido cientista que imagina conhecer tão perfeitamente as leis da Natureza, a ponto de declarar que a clarividência e a escrita direta espirital estão fora dos limites do reconhecimento científico, está sob o domínio de uma alucinação mais séria do que aquela a quem finge lastimar. (Epes Sargent) Da mesma forma que a Ciência propriamente dita tem como objeto de estudo as leis do princípio material, o objeto especial do espiritismo é o conhecimento das leis do princípio espiritual. Como o princípio espiritual é uma das forças da Natureza que reage incessantemente sobre o princípio material e vice-versa, o conhecimento de um não está completo sem o conhecimento do outro, de modo que o espiritismo e a ciência se completam: a Ciência, sem o Espiritismo, se acha na impossibilidade de explicar certos fenômenos somente pelas leis da matéria e o Espiritismo, sem a Ciência, falta apoio e comprovação. Agora, relacionando isso à série, pegamos como melhor exemplo a fusão dos dois #17 em DBGT. Temos o ápice científico de Dragon Ball quando vemos uma fusão tanto tecnológica quanto espiritual, dando origem ao ‘androide’ mais poderoso do universo. Somente usando fator ciência e espírito que, para começar, foi possível abrir um portal do inferno para iniciar o plano da fusão dos #17 e posteriormente os dois conhecimentos que possibilitaram a criação do Super #17. Então a resposta ao questionamento, qual é superior, ciência ou espírito: nenhum! Um depende do outro. Somente espírito ou somente ciência não conseguem atingir o que juntos possibilitam alcançar. 8) É possível que alienígenas existam e, se sim, eles teriam a forma humanóide? Sobre a questão de alienígenas existirem, assistam este vídeo-palestra do educador e filósofo Mário Sérgio Cortella (assistam, é longo mas compensa!): Minha opinião é igual ao do palestrante. Pouco sabemos sobre o universo, e pela dimensão conhecida e por quão insignificantes somos, é muito pouco provável que sejamos os únicos seres inteligentes no universo. Quanto à forma, já é mais difícil de se discutir. A raça humana evoluiu e adquiriu a forma atual através de inúmeras mudanças e adaptações ao meio. É possível sim que neste gigantesco universo desconhecido, existam seres também com forma humanoide, que também tenham passado por processos evolutivos que os deixariam parecidos com nós, mas a questão é que isso não necessariamente seria regra, uma vez que diferentes planetas e habitats pelo universo apresentem características distintas que forçariam os seres a assumirem formas que melhor possibilitassem sua sobrevivência e a forma humanoide não necessariamente seria a mais adequada em outros pontos do espaço. 9) Serão viagens espaciais através de naves como a dos saiyajins possíveis? A resposta aqui: não! Pelo menos por muito tempo! O principal motivo é que a tecnologia que temos atualmente demanda grande quantidade de combustível (podemos ver a relação do tamanho da nave em si em relação aos tanques de combustível só para ir para a Estação Espacial Internacional!) e mesmo que se conseguíssemos vencer este problema, as naves ainda gastariam milhares de anos para percorrer distâncias estelares como a da série. Viagens a velocidades muito altas (mas menores que a da luz) também têm o problema do combustível, uma vez que para o consumo deste para acelerar a nave cresce vertiginosamente com o aumento da velocidade requerida, ou seja, à medida que a velocidade da nave aumenta, gasta-se mais combustível para acelerá-la cada vez menos. Nesse aspecto, notamos facilmente a ausência de tanques e propulsores nas naves saiyajins que, ainda assim, viajam enormes distâncias em curtos intervalos de tempo. De duas uma, ou assumimos que no universo de Dragon Ball as naves conseguem viajar a velocidades muito superiores à da luz ou elas conseguem viajar em túneis no espaço/dobras espaciais (ideias de ficção científica para viagens espaciais, nada que a ciência tenha descoberto ainda). 10) Viagem no tempo é possível, e quais as consequências disso? Falar de viagem no tempo e não entrar no campo de ficção científica e Física Quântica é impossível! Então perdoem-me pela empolgação no tema se eu escrever algo não muito claro para vocês! O tema de viagem no tempo é tão discutido não somente no âmbito nerd, mas também por cientistas renomados que formulam teorias bem bacanas sobre as possibilidades de viagens no tempo. O que também ajuda nestas formulações é a recém descoberta (ou não!) de que é possível ultrapassar a velocidade da luz. Pesquisadores no Grande Colisor de Partículas, LHC (Large Hadron Collider) revelaram experimentos com neutrinos que atingiram velocidades superiores à da luz (no experimento os neutrinos chegaram ao destino cerca de 60 nanossegundos antes da luz), o que, se for comprovado, faria cair a Teoria da Relatividade de Einstein, sobre a velocidade da luz não depender de um referencial e não poder ser ultrapassada. E se a descoberta for confirmada, pode dar margem a desdobramentos que hoje só a ficção científica vislumbra. Segundo o físico brasileiro Ernesto Kemp, que trabalha no laboratório Large Volume Detector (LVD): Quando você postula a existência de partículas que são mais rápidas que a luz, elas teriam acesso a regiões do espaço-tempo antes proibitivas. Aí é domínio da especulação e ficção científica: seria possível voltar no tempo, alimentando equações da mecânica quântica com partículas mais rápidas que a luz com acesso a regiões do espaço-tempo no passado. Dois físicos da Universidade de Vanderbilt, nos Estados Unidos, recentemente formularam uma teoria sobre viagens temporais, usando também os conhecimentos e pesquisas desenvolvidos no acelerador de partículas LHC. A teoria deles é que se o LHC conseguisse realmente produzir a partícula de Higgs (partícula a qual querem descobrir, que segundo a teoria é a que dá origem à massa no universo), também poderia criar uma segunda partícula, o singleto de Higgs, que teriam a capacidade de saltar para uma quinta dimensão, onde poderia se mover no tempo, retornando depois para a nossa dimensão, mas reaparecendo no futuro ou no passado. Testar a teoria, segundo os dois físicos, seria fácil: bastaria observar se o LHC produz os singletos de Higgs e se os produtos do seu decaimento começam a surgir espontaneamente. Neste caso, isso indicará que esses produtos estão sendo gerados por partículas que viajaram de volta no tempo para reaparecer antes da ocorrência das colisões que as originaram. Agora, as consequências de uma viagem no tempo é um outro assunto bastante discutido, principalmente pelo efeito borboleta que uma pequena alteração no passado poderia implicar em gigantescas mudanças no futuro. Em Dragon Ball mesmo vemos que a simples viagem de Trunks para alertar Goku de sua doença do coração e da vinda dos androides abriu uma nova linha temporal em que os androides do futuro são destruídos por Trunks, mas Cell o mata e volta no tempo, alterando a linha temporal original, aparecendo uma ameaça muito maior que a original dos androides #17 e #18. Se viagens no tempo realmente fossem possíveis, os cálculos e previsões de acontecimentos relacionados e suas consequências no futuro seriam gigantescos, a ponto de que seria impossível prever todas as mudanças geradas por uma “simples” viagem no tempo. 11) O que é a Big Ghetti Star? Um robô ou um organismo vivo? Para esta resposta, cito o diálogo do filme Transformers [2007]: - O padrão do sinal processado está evoluindo. Esqueçam as equações de Fourier e comecem a considerar a mecânica quântica. - Não existe nada tão complexo assim na Terra! - E se for um organismo vivo? Talvez um com com DNA baseado em computador [...] Acho que a explicação dada pela analista do filme é um bom pontapé inicial para discutirmos sobre o que é a Big Ghetti Star, uma das ideias mais bacanas e curiosas de Dragon Ball, uma vez que inicialmente era somente um chip flutuando pelo espaço que começou a assimilar outros aparelhos (com um pouco de energia) que encontrava até se tornar uma ‘estrela’ gigante. Até ai, acredito que não tenhamos dúvida que se trata de uma espécie de robô, mas quando ‘absorve’ Coola, a Big Ghetti Star passa a ter uma parte orgânica e então passaria a ser um organismo vivo? Acredito que sim! De maneira análoga a humanos utilizarem tecnologias para se completar biologicamente, a Big Ghetti Star se fundiu a Coola, tornando-se então um organismo vivo. E o interessante é que ela salva o vilão para usar sua energia, mas o irmão de Freeza acaba conseguindo controlá-la e a usa para reunir energia para a construção de um corpo Mecha para si mesmo. O que acharam destas perguntas? Quais são suas opiniões sobre esses assuntos? Comentem!

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